terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Sempre sonhei em encontrar minha sorte; BH, 01901202012; Publicado BH, 0100202015.

Sempre sonhei em encontrar minha sorte 
Em qualquer esquina mas a minha
Sorte percebi que não dá sopa em
Esquinas nas esquinas deparamos
Com o azar o meu azar é o azar
De quem chora não tem ombros
Para as lágrimas banharem é o
Absurdo do azar estar numa
Esquina a derramar prantos por
Não encontrar a sorte não ter um
Ombro a repousar a cabeça fendida
Ou perdida muitos seres choram
Por serem seres sozinhos deve doer
Chorar solitariamente como choram
Os loucos nos abandonos das suas
Celas tenho vários loucos dentro de
Mim frutos do azar da falta de sorte
Da má sorte choram em seus
Cantos em seus quartos em seus
Catres o que impressiona é a
Limpidez das lágrimas derramadas
Quanto mais louco por incrível que
Pareça mais puras são as lágrima dá
Até para beber de tão cristalinas
Potáveis que parecem ser lágrimas
Doces de seres normais seres
Abençoados que tiveram sorte na
Vida quem encosta um ombro perto
Dum louco quando está a chorar
A uivar a urrar animal ferido pela
Falta de sorte animal abatido pelo
Gume do azar quem consola aos
Loucos em seus choros de lobos das
Estepes? nem a lua com toda a sua
Glória de lua cheia a sair do mar

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