Hino de louvor às putas às meretrizes às
Marafonas às mulheres perdidas que
Saciam nossos desejos nas nossas
Andanças pelas madrugadas em busca
Dos açougues de carnes batidas um hino
De louvor a essas damas das camélias
Rameiras essas guengas anônimas que
Nos desprezam só veneram o mesmo
Deus dos pastores eletrônicos o deus
Dinheiro um cântico de graças de
Glórias a essas que raparigas em flor
Ainda já nas sombras da noite se
Vendem nas esquinas das ruas das
Encostas das venéreas um aleluia a
Essas salvadoras que não nos enganam
Que nos amam igual a Judas amou a
Cristo às vezes nem é preciso trinta
Dinheiros para se entregarem esses bifes
Mal passados frios servidos em pratos
Sujos que comemos sem tempero
Algum um bravo meus putos maus
Companheiros um urra meus podres
Pensamentos a essas almas perdidas
Mas que nos completam na nossa
Perdição esses abortos cujos fetos
Foram jogados vivos nas lixeiras
Persistiram têm todas a nossa
Gratidão hino de louvor a essas
Madalenas desiludidas que não têm
Um Jesus para livrá-las da lapidação
Lavam nossos pés bandidos com as
Suas lágrimas enxugam com os
Cabelos amam nosso vil dinheiro
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