Não vou sair desta enrascada?
Não vou nadar até o porto sem morrer na
Praia? ou o meu destino será outro?
O de não nadar até o porto o de
Morrer na praia das letras posso
Desistir não representam-me
Das palavras posso abrir mão não
Formaram minha palavra não
Embasaram minhas sentenças
Precisei de provas precisei de juras
De testemunhas de firma reconhecida
No cartório na minha miscelânea de
Opiniões não encontrei quem quis
Autenticar dar por fundamento
Escondi-me atrás da porta debaixo da
Cama no fundo do porão fugi para o
Sótão onde havia um louco sorrateiro
Aliei-me a ele ficamos anônimos
Enquanto houve silêncio nada nos
Notou mas quando começou a
Uivar a esmurrar as sombras a bater
Nas paredes a vizinhança começou a
Incomodar-se fomos notados
Apontados condenados nada de
Defesa argumentações alegações
Embargos o tribunal era de exceção
Penitenciados por sermos loucos
Por supostas faltas de razões heis
Aqui as tuas palavras todas jogadas na
Tua cara heis aqui as tuas letras vira
A outra face para ser esbofetado
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