A literatura que tento passar a vós Não vos deixeis enganar é arqui-sofista Tem alto grau de sofisma de argumento Falso raciocínio defeituoso intencionalmente É feita para induzir em erro devido à minha Falta de competência de capacidade Em fazer uma literatura melhor sem precisar Sofismar encobrir ou deturpar burlar enganar Lograr a empregar a sofismar a pensar que Assim angariei a atenção de algum leitor Nem mesmo o leitor descuidado vai deixar passar Sem perceber o grau de mediocridade que tento Encobrir nos meus conjuntos de letras palavras Não sou um arquiprior nem carrego o título do Grão Mestre dos Templários na arte de escrever Nunca encontrarei uma arquiprioresa que Saiba elevar o meu nível cultural nem nunca tereu A dignidade a função no arqui-priorado nem a Elevação dum arqui-rabino o principal dos rabinos Que conhece todos os segredos toda a história Dos povos judeus semitas ortodoxos mesmo Que me enclausure num arquimosteiro num Mosteiro mais fechado duma ordem com toda A biblioteca disponível jamais escreveria Uma obra à altura dum Arquiloco poeta Satírico grego do VII século AC jamais farei um Poema ou uma poesia arquloquiana ou virei A conhecer as receitas dum arquimagiro o chefe De cozinha ou dos cozinheiros o cozinheiro-mor Com suas manhas segredos seus temperos Sabores suas receitas de caldos sopas pratos Saladas mesmo que use a hipérbole exagerada a Exageração extraordinária numa arqui-hipérbole Atrairia interesse para o que escrevo tudo que Escrevo haverá de ficar preso comigo num arquilho Num arco delgado de metal ou madeira nos Tambores nas bombas sobre os quais se retesa A pela que outro arco comprime por meio de Parafusos cordas não deixar que escape nada Que venha a ser relativo ao que tento passar aos Papéis na tentativa posso até usar o princípio Arquiducal o relativo pertencente a arquiduque Não saberei me fazer entender ser compreendido Apreciado pelos poucos leitores que ainda restam Da mesma maneira que estão a se acabar os Escritores os leitores também estão a desaparecer Espero entrar um dia nessa arquiconfraria A confraria superior que ainda existe Sobrevive com dificuldade dos escritores dos Leitores amantes fazedores ledores de livros Aquele que ler um livro se traja a rigor Se senta num banco grande de costas com caixa Onde as leituras são as diversões com tampa Que serve de assento um arquibanco à moda Antiga onde se pode até dormir depois de ler Ai quem me dera criar uma arte escrita bem Arquitetônica uma literatura do grau duma Arquitetura dum escritor arquitetor dum Arquiteto escritor em vernáculo arquitetural Não a cimalha desprovida de friso arquitravada Com a moldura do contorno que acompanha o arco Na arquivolta da poesia do poema do soneto o Soneto do poema arrabaldeiro arrabaldino tanto O frade capuchinho do convento de Arrábida O arrábido que toca o arrabil antigo instrumento Musical árabe ao perseguido arrabinado que Parece um rabino rabugento que espanta o arrabio A ave palmípede ribeirinha o que faz arraçar a Espécie a conseguir boas crias ao cruzar animais De raça pura com os outros de raça ordinária O ser de boa raça já hoje depois de tanto tempo Não consigo mais arracimar o cabelo em forma de Cacho devido a queda capilar que me deixou Totalmente careca ao final dos tempos sou o Mesmo quero ser o arrematador ser aquele que dá Lanços em uma arrematação que arremata os Fragmentos o arrematante dos artigos dos
Escritos para me arremansar ficar em remanso Em paz com a minha consciência por saber que Tal tipo de coisa não caiu nas mãos de ninguém Nem vai precisar arremangar contra aqueles Que por ventura tenham tomado conhecimento Destes segredos inúteis ao arregaçar as mangas É para limpar as mãos de tais sujeiras não Para levantar a mão contra alguém inocente Contra o fraco deficiente abandonado Injustiçado aprontar-me para morrer arrelvar Minha campa cobrir de relvas minha sepultura Tornar verdejante o meu jardim sepulcral cobrir De lágrimas de emoção pura a relva onde meu Corpo estiver escondido junto ao meu ouvido Dentro do caixão a tocar eternamente para Mim todos os sambas de Jorge Aragão para afastar De minha alma todo espírito arrelioso impertinente O fantasma que causa arrelia a assombração Que me deixa arreliento arreliado o ectoplasma Arreliante que daqui para a diante não vai mais Perturbar o meu frágil ser chega agora de tudo Que me impacienta que me atormenta neste momento
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