Quem é que pode perdoar o meu asselvajamento? Estou a me tornar cada vez mais selvagem cada Vez me sinto mais brutal ao me asselvajar me Vejo cada dia mais grosseiro sinto vergonha Em brutalizar-me em fazer-me um animal Será que é a assemia? a impossibilidade que Carrego em empregar ou em compreender a Linguagem falada a escrita a mímica? Será que é isso que está a me transformar? A fazer-me assenzalar a minha casa a dar Aspecto de senzala ao meu lar? tenho que Assestoar-me cortar minha metamorfose Dispor-me de maneira que uma banda Sobreponha à outra meu lado arejado Esconde o meu lado podre se Perder a minha condição de assertar de Deixar de ser o que assevera o que Sustenta a minha opinião se Deixar de ser o meu defensor o meu Mantenedor assertório assertivo afirmativo Posso até morrer agora a vergonha será Minha senhora não terei lugar para enfiar A cabeça como faz a avestruz nos momentos De perigo se for derrotado todo o meu Séquito assessorial estará desempregado Farei um asserto na cabeça de cada um Tenho boa pontaria sei assetar muito bem Como sabe assetear um bom arqueiro vou Ferir matar com seta envenenada vou Injuriar atacar molestar assetar todo Aquele que foi o causador de minha ruína: Sou mesmo o próprio asseteado serei aquele Que me asseteia pois ninguém tem culpas Ninguém pode carregar meu fardo a não Ser o mesmo que grito ainda tem Alguém aí capaz de impedir o meu Assevandijamento? quem pode parar aí O meu ato o meu efeito de me assevandijar? Quero me reduzir à condição de sevandija Quero me rebaixar mais ainda quero Aviltar-me como se fosse um demônio Tão ruim que foi expulso do próprio inferno Hoje quero ser coberto por esta astraçã esta pele de Cordeiro deste pêlo frisado usado em agasalho De Astracã topônimo russo qualquer coisa serve Para me esconder para não me deixar Assoalhado como o que esteve exposto à luz Do Sol escondo-me num soalho escuro pois Não posso ser divulgado o assoalhador quer Enterrar uma estaca no meu coração Se tentarem mais a minha assoalhadura Virarei cinzas negras quem resgatará meu Estado assoberbador? quem me resgatará Do meu assoberbamento pela humanidade? Vivo assombradiço sou o que assombra o Que é assombrado facilmente tenho que Sair das trevas fugir do assombreamento Não suporto mais sentir vida só ao assombrear A minha vida ao me sombrear me cobrir De sombras penumbras luz sou quero luz Não me incomoda o fato de que vou torrar Luz sou quero luz do Sol da vela do luar Minha alma implora meu ser quer navegar Meu espírito quer existir minha mente quer pensar Meu pensamento quer perpetuar minha memória Quer valorizar luz sou quero luz é o fim Do meu assomo da irritação que me afasta É o fim do meu agastamento da falsa Aparência sob pele de cordeiro é o fim de Todo indício toda presunção de extermínio Não quero mais assomar na escuridão Agora sou assoante tenho assonância como palavras Que ao ter a mesma vogal da sílaba tônica diferem Todavia pelas consoantes que se lhes seguem Hoje ando pelas calçadas não ouço mais assobiada assuada Com assobios não conheço mais apupadas vaias troças Quando passo chegaram ao fim o mundo aprendeu a me respeitar |
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