Burguesia fingida elite derretida adormecida Sufocada no próprio vômito afogada na própria mentira Sustentação do erro através da mídia de todos os Meios de enganação de promessas vãs de espetáculos Inacabados de etiopias de fome infinita onde nem a morte Mostra a cara pois o quadro que deparamos já é a própria Dita cujos fantasmas mães mortas carregam apresentam Ao mundo nas lentes dos fotógrafos do caos das guernicas Das areias dos desertos ossos calcinados debaixo de peles Negras finas luzidias acompanhadas por balés de famintas Moscas despudoradas a bem da verdade a bem da liberdade A bem do amor a bem da paz a bem de tudo que a classe Social odeia a bem de tudo que o progresso destrói é necessário Que o homem ceda a si mesmo que renuncie a qualquer voo Que venha a causar a infelicidade a tristeza renuncie a tudo Que venha gerar pobreza miséria desgraça injustiça Exploração a bem de tudo que é mais sagrado se existe algo Sagrado para o homem é agora ou nunca que deve segurar Nas raízes dos princípios nos caules nos troncos das árvores Não se deixar levar pelas águas das enchentes do lixo da Modernidade inútil do consumismo insaciável do poder Desnecessário do ter do valer o que tem o que possui do valer o Que carrega no bolso ou do que o carrega dentro tipo um carro De luxo de última moda por dentro de nós nossa alma mora Num casebre de beira de estrada empoeirada por dentro de Nós nosso espírito mora numa lata de lixo num apartamento de Alvenaria de conjunto habitacional na periferia dos bairros suburbanos Das grandes cidades totalmente longe distante não encontrado em Nada que a mídia nos apresenta nos faz sentir como se tivéssemos Necessidades de adquirir toda a parafernália eletrônica que nos fará Sentir pessoas de verdade homens de bem cidadãos indivíduos de Classe de respeito de índole acima de suspeita engraçado não foi Hoje o meu enterro ridículo sou com tanto medo de morrer deprimido Triste fora de cogitação ainda continuo aqui com a teimosia mineira Com o empacamento do burro a brigar a resistir com esta caneta estas Letras estas palavras estas frases esta folha branca de jornal que no Entanto sei que não trago a pureza do vernáculo a perfeição da língua do Raciocínio da razão da ética de todos os derivados necessários à uma Boa leitura ao ser assim procurarei um dia atingir toda a perfeição que a Arte exige toda a definição lucidez toda a clareza iluminação que só Realmente a morte pode nos trazer algum dia morro a saber que deixei Enterrado o meu tesouro cujo mapa achei dentro de mim a arca estará À disposição de todos que por acaso quiserem usufruir da única riqueza Que soube construir que é esta que está gravada na minha alma no Baú do fundo do meu espírito quem por acaso encontrar não faça Por favor pouco caso não faça pouco caso por favor muito obrigado |
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