Há palavras que existem para não serem pronunciadas
São palavras vãs são palavras vis formadas de letras
Fúnebres há palavras estranhas nascidas nas entranhas
Não formam expressões idiomáticas provérbios
Verbetes pensamentos andam em más companhias
Andam mais nas bocas dos mortos grunhidas por
Zumbis ciciadas por fantasmas eternizadas por
Assombrações como aparições só aparecem aos
Vivos em noites de lua cheia não salvam aos que
Querem ser salvos pelas religiões condenam os
Inocentes desprezam os justos felicitam os ímpios
Há palavras que trazem gosto de sangue fresco na
Boca jogam bílis no cérebro enchem o coração de
Fel há palavras que ao contato da língua são
Doces iguais ao mel suaves frescas engolidas
Descem a dilacerar a garganta a seccionar a jugular
Como uma lâmina afiada são ditas com sinceridade
Com ares de verdade arroubos de esperança não
Servem para salmos nem servem para orações
Hinos de louvores ou tenras canções meninos as
Usam em xingamentos as putas em agradecimentos
Ou nos falsos gozos os presos em julgamentos
Os juízes em sentenciamentos como se um veredicto
Fosse a chave do conhecimento da sabedoria da
Filosofia da história da ciência do bem do mal
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