Um pássaro único frágil voa
Contra o céu contra o vento
Contra a natureza faminta e
Um pássaro uno leve canta e
Uma folha seca cai na relva
E ao pássaro frágil espanta e
Tudo hoje mete medo e o
Pássaro único uno frágil tem
Que voar tem que cantar
Tem que lutar contra tudo
Que existe para não morrer e
Continuar a viver e mesmo
Um pássaro quebrável
Entende a lei natural das
Coisas de viver e de deixar
Morrer e o pássaro voa e
Canta e faz o seu ninho com
Muito amor e carinho e a
Saber que seu destino ou
Será a morte ou será a prisão
E por ser só pássaro e sente
As coisas e entende as coisas
E chega a odiar e um pássaro
De metal pesado voa a levar
A morte ao chão duro e
Empoeirado de chumbo e
Pousa num pouso mortal de
Gritos de fogo e um pássaro
Único frágil voa seu vôo livre
No horizonte entoa o último
Canto para a natureza que
Pouco a pouco vai destruí-lo
E em seu lugar vai colocar
Pássaros loucos carregados
De aço da cor da morte
Inoxidável que leva o canto
Da morte a um pássaro frágil
Era um voo uno e era um voo
Único e hoje um voo incerto.
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