Há uma linda canção de amor guardada dentro do meu coração
Que tenho vergonha de mostrar pois a sociedade vai dizer que
É piegas e que é fora de moda e ultrapassada e afogo esta linda
Canção de amor guardada dentro do meu coração com todo o
Álcool que encontro pelos caminhos e a sufoco da maneira que
Posso como se fosse uma solução e não a deixo sair de jeito
Nenhum para não vir à tona me fazer chorar e às vezes pia
Como se fosse um pássaro e outras vezes chia como se fosse
Um outro bicho qualquer e quando sibila serpente chega a me
Meter um medo e despejo mais álcool em cima da coitada e
Fecho a porta e tranco a janela e passo o cadeado no portão
E ainda assim assanha o meu peito e arranha o meu seio a
Parecer uma aranha a aprisionar uma mosca em suas teias e
Fala imprecações mundanas e profanas tipo uma ateia e jogo
Mais um pouco de álcool e sossega e sussurra e me deixa em
Paz e faz de conta que não é nada e nem quer nada e que
Nem me conhece e que nunca me viu à esquina a pedir esmola
Às menininhas de rua mendigo travestido de transviado do
Basfond do submundo ou uma travestida de viração ou de
Armação de ressaca de mar furioso em tempos tempestuosos
E a linda canção de amor guardada dentro do meu coração
Fica esquecida na lata de lixo sem paz e perdão ou salvação.
BH, 0100402020; Publicado: BH, 0270502022;
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