Noite com um enigma à frente de esfinge
Correntes Édipo tenta se libertar para cair na maldição
Destino estava traçado na saga cruel
Condenar maldita decifrar dito matar pai
Livrar nação possuir mãe retirar olhos vagar
Cego guiado cego Tirésias no mundo cego
E que culpa tinha de ser tão vilipendiado
Desde nascer se não tinha como fugir da sina
E se soubesse não teria nascido e não foi
Avisado no ventre que iria profanar o útero
Sagrado no qual nadou na placenta santa e
Mutilou a si mesmo por castigo ao conhecer
A verdade que o prendeu à escuridão e a
Verdade não o libertou e a verdade o lançou
Nas trevas e Édipo seguiu a estrada julgado e
Punido e condenado e preso ao calabouço e
Acorrentado às correntes inoxidáveis dos
Mármores inexpugnáveis e ai aí então chorou
À infelicidade do rei deposto que agora jaz
Sem reinado e sem cetro e sem trono e
Mendigo pelas poeiras implorava a morte
Que não o queria e que o desprezou desde o
Dia no qual morreu banido menino do reino.
BH, 0140402020; Publicado: BH, 050602022.
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