Almejei sem merecer um amor com anelo
De prazer não fui capaz de retribuir o que
Ofereceu-me sagaz era já não
Mais rapaz não enfrento pois não sou
Tenaz frustro o que me faz
Não contento só com o meu pensamento
Então desfaço a arapuca solto a presa
Que caiu na armadilha tiro a pelota
Do estilingue não arremesso nada
Mais ao alvo na mosca não acerto
Meu tiro na mira fui posto de lado
De franco atirador desclassificado ao
Apertar o gatilho foi pela culatra
Se desfez na bruma do mar
A brisa do rosto era o que
Mais queria emoldurar me fiz de rasto
Ficou rastro do meu corpo no asfalto
Fiz-me de sereno para namorar me fiz
De orvalho para apaixonar era a névoa
Que não conseguia ver fiz uma poesia
Para a entreter se voltar sei
Que vou morrer não tenho nada para
Dar nem mesmo prazer ansioso fecho
Os olhos para não ver o desagrado
Causado pelo narciso que sou ao só
Apaixonar pela sombra deste meu amor
Que me reflete na poeira na fumaça
Que embaça a imagem na borra
No bagaço no entulho ao lançar meus
Olhos para a frente meus caminhos ficavam
Para atrás as trevas me envolviam
Persistentes pertinente a luz se
Distanciava mais mais a perdi
Antes de a encontrar
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