Licença poética em nome da poesia
No dia no qual ler algo assim
Que escrevi que me
Faça sentir como alguém que
Escreve para existir ou que
Existe para escrever de mais
Nada quereria saber a não
Ser da razão de conhecer o prazer
De ler o que me deu o meu dom
De escrever não quero saber de lucro
Não quero saber de cifras para mim
Já me basta a inspiração para
Mim a criatividade sustenta-me
Tal uma azeitona sustenta um
Estoico não quero saber de valor
De possuir bens haveres deveres
Direitos abro mão da soberania
Da cidadania crucifico-me em
Nome da metáfoa da poesia
Sem ser mártir da goética
Mas sim da licença poética
Um poeta menor da teurgia
Herói ou santo sem alcunha
Rótulo de mito todos conhecem-me
Como o sem personalidade carácter
Fraco de espírito de alma ente
Superficial ser bizarro anormal
Porém todos desconhecem o sonho
A esperança não querem saber
Da realidade a busca da verdade
Do grito de liberdade navegam
Só na mentira sozinhos indiferentes
Desconhecem que sou diferente
Que posso morrer indigente até ser
Enterrado sem nome na lápide
Epitáfio número de identificação
Só não podem estancar a poesia
Que jorra do meu coração
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