Não tenho novidades nem sou novidadeiro
Ouçam as notícias que trago as boas novas
Os espelhos tudo está quebrado o tempo
O relógio a hora não tenho o moderno não
Sou moderno o que trago é algo
Ultrapassado é o ontem que teimou hoje é
O amanhã com gosto de passado as
Boas eras estragadas faziam estragos
Nas estradas as águas já rolaram
Levaram casas abriram valas fecharam
Vales mudaram os arredores o que era
Novo ficou velho o que era velho ficou
Novo com a erosão do meu coração o
Terreno mudou só o aluvião é novo na
Terra velha no lodo velho na lama que
Sujaram teus pés enterraram teus
Sonhos mas novidades não tenho não
Sei o nome de quem morreu nem sei
Quem desapareceu mas tudo mudou
Depois que a chuva passou a barreira
Ruiu a pedra deslizou do alto do morro
A água que desceu da montanha foi em
Forma de cachoeira de catarata cascatas
Que aos gorgulhões tiravam da terra
Rugidos de dor cheiros de morte mortes
Não são novidades não são boas eras
Boas novas modernas mortes são mais
Antigas do que o antigo mortes são um
Perigo um castigo um abrigo que nos
Encontraremos no final da chuva
Quando o sol da gruta não sair mais
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