- #GovInforma: Na ficção da Folha, doação legal vira crime
- Não se pode usar vazamento seletivo como instrumento de luta política, diz Edinho Silva
- Dilma prevê vazamentos seletivos como parte de ‘trama golpista’ para atacar o governo
- Marcia Tiburi: ‘defender Dilma é defender a democracia’
- Ato ‘Mulheres em Defesa da Democracia’ emociona o Planalto
Posted: 07 Apr 2016 02:47 PM PDT
A tentativa de parte da imprensa em demonizar este governo, inflando artificialmente a opinião pública para assim criar um clima propício ao golpe do impeachment, chegou às raias do absurdo nesta quinta-feira (7). A manchete da Folha de S. Paulo, ‘Propina abasteceu campanha de Dilma de 2014, diz Andrade Gutierrez’, não deixa dúvidas sobre isso.
Aproveitando-se de um vazamento seletivo e providencial, a Folha presta um desserviço à sociedade. E também à verdade, pois é ela quem mais sofre quando se transforma notícia em peça de ficção.
Afinal, para que serve uma delação senão ao propósito de permitir que a Justiça investigue, em sigilo, pistas que a levem a elucidar um crime? E quando estas mesmas delações, de maneira cirúrgica e seletiva, são usadas descaradamente para interferir no processo político brasileiro?
O que dizer quando estas delações, se é que são verdadeiras, caem nas mãos de um jornal antes mesmo de serem homologadas pelo Supremo Tribunal Federal?
Não há outra resposta que não a de constranger os parlamentares que irão votar o absurdo, ilegal e imoral processo inconstitucional de impeachment, no Congresso, de uma presidenta que sequer cometeu crime de responsabilidade.
Basta um rápido olhar no primeiro parágrafo da reportagem para descobrir que todas as doações foram legais. Sim, isso mesmo: todas as doações que embasam a reportagem, e que seriam fruto de propina são, na verdade, legais. E estão declaradas e aprovadas no TSE.
Por unanimidade.
Reportagem da Folha de S.Paulo |
Posted: 07 Apr 2016 02:33 PM PDT
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, criticou a divulgação do suposto conteúdo de uma delação premiada, nesta quinta-feira (7), em que são levantadas suspeitas sobre a origem dos recursos que financiaram a reeleição da presidenta Dilma Rousseff. O ministro condenou o vazamento de informações que, para ele, são uma “peça de ficção” e que não possuem lastro de verdade.
Em coletiva no Palácio do Planalto, Edinho Silva fez um apelo aos integrantes do Ministério Público e ao Poder Judiciário para que se impeça que um processo de investigação se torne, por meio de vazamentos seletivos, instrumento da luta político-partidária. “Em algum momento nós temos que por fim aos vazamentos seletivos, aos vazamentos de delações premiadas que têm um pressuposto que é o sigilo, e são utilizados na luta político-partidária. No nosso entender, isso só enfraquece o processo de investigação e só enfraquece as instituições brasileiras”, garantiu.
Edinho Silva garantiu que todas as doações feitas para a campanha da presidenta Dilma em 2014 foram recebidas de forma lícita e transparente, e que as contas foram auditadas e aprovadas de forma unânime pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele questionou que apenas as doações feitas para a campanha de Dilma Rousseff estejam sendo alvo de investigações.
“As doações foram feitas por meio de transferência bancária. Os valores seguem a mesma média de doações para outras campanhas. Não há anormalidade nos valores doados”, afirmou. “O que nos causa indignação é que coloquem sob suspeita as doações da campanha da presidenta Dilma, sendo que foi a mesma empresa, o mesmo caixa e a mesma forma de doação, doações declaradas ao TSE”, acrescentou.
O ministro ainda relacionou a divulgação do conteúdo ao processo de impeachment contra o governo na Câmara. “Os parlamentares devem estar desconfiados de vazamento seletivo às vésperas de decisões importantes da Câmara dos Deputados e decisões que dizem respeito ao futuro da democracia brasileira”.
O ministro também classificou como inverídicas as acusações feitas contra o seu nome no suposto conteúdo da delação. “Se de fato o conteúdo divulgado pela imprensa existe, ele não tem lastro na verdade. Eu jamais participei de qualquer diálogo com presidente da empresa onde tivesse sido mencionada a palavra propina, onde tivesse sido mencionado relações com contratos ou obras do governo federal. O meu diálogo foi idêntico ao diálogo que eu tive com dezenas de empresários brasileiros no processo de arrecadação”, esclareceu.
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Posted: 07 Apr 2016 10:07 AM PDT
A presidenta ficou emocionada com a solidariedade das centenas de mulheres presentes no ato de hoje no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff voltou a criticar a tentativa de afastá-la do poder nesta quinta-feira (7), explicando que as pressões estão baseadas na ilegalidade, uma vez que ela não cometeu crime de responsabilidade. Dilma destacou saber que nos próximos dias as pressões serão reforçadas, com novos vazamentos de informações à imprensa de forma seletiva, premeditada e direcionada, com o claro objetivo de atacar o seu governo, dentro de uma trama golpista.
“São vazamentos seletivos e oportunistas. Eu já determinei ao senhor ministro da Justiça (Eugênio Aragão) a apuração e responsabilidade por vazamentos recentes. Passou de todos os limites” disse a presidenta no Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia, realizados hoje no Palácio do Planalto. “Dilma fica, Cunha sai”, bradavam os presentes.
As destacar que ocorrem vazamentos de dados com o “claro objetivo de criar um ambiente propício ao golpe”, a presidenta ressaltou os argumentos citados como motivo para interromper o seu mandato são ilegais, como já demonstrou a Advocacia-Geral da União (AGU). Na última segunda-feira (4), o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, foi à Câmara e desmontou, uma a uma as acusações, demonstrando que o processo atual não tem base legal, mas política. “Não está escrito que presidente possa sofrer impeachment porque o País passa por dificuldades na economia”, lembrou hoje a presidenta.
Ao defender a legalidade de seu mandato, a presidenta também citou os avanços na igualdade de oportunidades e de gênero para o Brasil conquistados desde o primeiro governo Lula, em 2003.
Segundo a presidenta, neste momento o primeiro passo necessário é acabar com as “pautas-bomba” no Congresso Nacional, prática que vem sendo adotada desde que atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), assumiu o posto, em fevereiro de 2015. Dilma acredita que é preciso haver unidade pela aprovação das reformas e a retomada do crescimento do País. Defendeu, ainda, urgente reforma política.
Revista Dilma também criticou a revista Isto É, que publicou uma reportagem retratando a presidenta como uma mulher descontrolada. Ela lamentou a misoginia presente nesse material. “Querem dizer que mulheres sob pressão ficam descontroladas. Isso é um tipo de tratamento que constitui machismo extremamente banal. Não aceito isso. Nenhuma mulher aceita. Estive três anos presa ilegalmente e sempre mantive o controle, o eixo e principalmente a esperança”, lembrou a presidenta.
A presidenta já demandou que a revista seja processada por crimes contra a honra, além de exigir direito de resposta. “Essa revista vem sistematicamente mentindo, inventando, incitando ódio e intolerância, produzindo uma peça de ficção para ofender a mulher e a presidenta. Na verdade com o propósito de me ofender como presidenta justamente por ser mulher”, ressaltou.
Enfática, a presidenta disse se orgulhar de ser uma mulher brasileira. “Não me acho diferente das mulheres que neste País resistem, batalham e lutam para criar os seus filhos, que lutam muitas vezes sozinhas, enfrentando toda sorte de problemas e que não se descontrolam”, disse. “Não perco o controle, não perco o eixo, não perco a esperança porque eu sou mulher. Não perco o controle porque me acostumei a lutar por mim e pelos que amo, pela minha família e pelo meu País”.
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Posted: 07 Apr 2016 08:03 AM PDT
Tiburi: “Dilma, muito nos orgulha o seu lugar de representante de todas as mulheres”. Foto: Blog do Planalto
A filósofa e escritora Márcia Tiburi disse há pouco, durante o Encontro das Mulheres em Defesa da Democracia, no Palácio do Planalto, que o que estão fazendo com a presidenta Dilma Rousseff é um ‘estupro político’. Tiburi disse que defender a democracia é defender a presidenta.“Dilma, muito nos orgulha o seu lugar de representante de todas as mulheres”. Sua fala foi interrompida por gritos ‘Fora Cunha’ e outras palavras de ordem defendendo que Dilma fique e Cunha vá (embora). |
Posted: 07 Apr 2016 07:49 AM PDT
Dilma foi recebida pela plateia com manifestações de apoio ao mandato da presidenta. Foto: Blog do Planalto
A presidenta Dilma Rousseff chegou há pouco ao salão nobre do segundo andar do Palácio do Planalto em meio a gritos de ‘Não vai ter golpe’. Muito à vontade e visivelmente feliz com a solidariedade recebida, Dilma chegou a bater palmas com a plateia. Alessandra Lunas, da Marcha das Margaridas, foi a primeira a falar. Emocionada, disse que as mulheres, assim com a presidenta Dilma, envergam, mas não quebram.“Ataques como a capa da revista ‘Isto É’ da semana passada é um ataque contra todos nós, é misoginia que atenta contra a nossa dignidade”, disse. A ex-secretária especial de Direitos para Mulheres do governo Lula, Nilcéia Freire, mandou mensagem e vídeo para o evento Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia, que acontece na manhã desta quinta-feira (7). “Nós, mulheres brasileiras, exigimos respeito aos nossos direitos conquistados passo a passo desde que nossa constituição cidadã foi criada”. Já a representante das trabalhadoras domésticas, Creusa Maria Oliveira, lembrou que, pela primeira vez, as filhas das famílias de domésticas conseguiram chegar às universidades. “Nós sustentamos este País e hoje temos orgulho de vermos nossos filhos nas faculdades. Nunca tivemos esta oportunidade”, diss |
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