terça-feira, 6 de novembro de 2018

Meu aprisco está cheio de ovelhas negras; NL, 0170302010; Publicado: BH, 0190502010.

Meu aprisco está cheio de ovelhas negras
Sou um mau pastor não sei cuidar
Do meu rebanho as ovelhas vivem presas
Nas moitas de espinhos feridas
Cheias de carrapichos de rabichos
Carrapatos nenhum carneirinho do
Meu cuidado serve para sacrifício
Estão todos maculados caem nas
Fendas quebram as pernas nos buracos
Não dou a vida por minhas ovelhas
Pelo contrário minha herança para os
Cordeirinhos é a morte podem balir chorar
Tais crianças pelas sendas podem vir
Tropegas rotas a tremerem de frio que
Não encontrarão calor comigo não
Encontrarão campos cheios de florezinhas
Nem céus cobertos de estrelinhas
As gramas onde tentarão comer secarão
Os riachos não terão mais água o fim
Delas será a fome a sede também
Dos céus cairão fogo que queimarão
Suas lãs todos os apriscos de cordeirinhos 
Para aonde correrão na tentativa
De proteção serão incendiados
Tudo será incinerado
As cinzas bailarão ao sabor do vento
Frutos dessa maldição muitas ficarão
Pernetas tetraplégicas órfãs manetas
Vítimas de toda violência que
O rebanho será capaz de sofrer a
Contar ainda com as naturais
Raios tempestades maremotos terremotos
Furacões tufões tsunamis verdadeiros
Pesadelos onde nenhuma delas estará a
Dormir todas acordadas despertas
Para assistirem o fim

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