terça-feira, 30 de junho de 2015

Rio Grande do Norte, 916, 61; BH, 0120702012; Publicado: BH, 0300602015.

De poesia impactante de difícil acesso
De poema de escrita confusa densa
Pesada poeta louco esquizofrênico
Doente mental psicopata neurótico
Paranoico paranormal frustrado ateu
Que faz suas orações a todos os deuses
Também a nenhum consultador de
Demônios espíritos ocultos de
Pajés xamãs auscultador de pedreiras,
Cortador de cordilheiras constelações
De aglomerados de galáxias telepático
Em contato com extraterrestres
Extraterrestre em contato com outros
Universos seus universais quando
Estou fora do meu visitador de planetas
Navegador de cometas perseguidor de
Quasares conquistador de pulsares
Equilibrador em partículas de moléculas
Em todos os estados da matéria das
Anti-matérias domador de buracos
Negros bebedor de lavas vulcânicas
Soldador de placas tectônicas danificadas
Onde houver uma letra enterrada
Gritarei para transformá-la num
Obra-prima onde houver uma palavra
Fossilizada darei vida para parir uma
Obra de arte; onde houver um crânio
Pré-histórico encoberto colocarei um
Cérebro para contar a história esquecida

Rio Grande do Norte, 916, 60; BH, 0120702012; Publicado: BH, 0300602015.

Viver é aperfeiçoar o aperfeiçoar só
Vem com a prática a prática não é
Para qualquer um viver sem
Quebrar regras disciplinas leis não
É viver viver sem destruir tabus
Tradições ídolos regimes ditaduras
Burguesias elites capitalismo não é
Viver viver é uma utopia um fato
Onírico do qual não fazemos parte
Viver é um pesadelo é morrer para
Algumas coisas nascer para outras
Viver também é matar ser morto
Sou o que não sei o que sou se sou
Vivo ou se sou morto ou se sou
Um morto-vivo ou um vivo morto
O viver o morrer para mim são
Uma escritura só é só o que
Faço questão de aperfeiçoar-me
A minha escritura meu evangelho
Meus versículos aquém disso
Além disso não teria mais nada a
Interessar-me o tesouro que
Procuro pirata louco olho de
Vidro perna de pau cara de
Mau é o baú onde estão guardadas
As letras as palavras de todas as
Chaves de todas as ciências das
Árvores dos frutos do bem do mal

Rio Grande do Norte, 916, 59; BH, 0120702012; Publicado: BH, 0300602015.

Rascunho esboço maquete croquis de tudo
Fiz para fazer de mim um modelo uma
Réplica um protótipo perfeito uma forma
Ideal porém poeta confidente não faz
História os anais só aceitam os inconfidentes
Conflituosos revolucionários contestadores
Passionais patéticos peripatéticos patetas
Sentimentais não deixam registros nas eras
São esquecidos tratados com indiferença
Desdém desleixo os tempos não os esperam
As épocas passam incólumes as idades
Não os incomodam só um aborto me
Salva nem um parto normal nem uma
Cesariana a minha salvação é um aborto
Deste meio do qual sou produto adaptado
Não posso tecer um parecer um
Comentário uma opinião persigo a
Percepção que não se enveredou em mim
Esquiva-se como a perfeição nas trevas
Em que me encontro como posso ter
Um clone ser um modelo ter uma cópia
Do que não é uma planta? um traçado
Dum tratado? não é um ensaio? uma
Enquete de projeto que deu certo? é
Arremeter ao vácuo este voo perdido
Desintegrar o quanto antes esta nave ignorante

Rio Grande do Norte, 916, 58; BH, 0110702012; Publicado: BH, 0300602015.

A melhor coisa é escrever meu Deus
Do céu como fico feliz quando escrevo
Se pudesse passar o que sinto
Quando escrevo as letras teriam
Que ser infinitas as palavras
Eternas é maravilhoso demais
Escrever encher os pulmões de ar
Esvaziar a mente dos pensamentos
Até não encontrar mais nada
Para passar para as paredes das
Cavernas podeis perguntar a
Qualquer pichador que age
Na calada da madrugada
Nos lugares mais recônditos a
Deixar as suas marcas se há
Coisa melhor do que pichar?
Responderá que a vida dele é a
Pichação se alguém me perguntar
O que há de melhor do que escrever?
Com certeza não saberei responder
Não conheço outro maior prazer
Nem nas mulheres encontrei gozo
Tão igual percebeis que as
Mulheres para mim são sagradas
Mas entre as mulheres ou escrever
Fico com o escrever primeiro que
As mulheres não me querem o
Escrever não pode me escolher
Sou o que o escolhe

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Rio Grande do Norte, 916, 57; BH, 0110702012; Publicado: BH, 0290602015.

Daqui a pouco minh'alma saberá o
Que fazer não importa pode demorar
Um pouquinho mas meu espírito
Tomará a iniciativa a atitude que
Meu ser deverá tomar é madrugada
Estou sem desespero sem ansiedade
Não parece verdade mas estou sem
Angústia acreditais no momento não
Minto sou um mentiroso inescrupuloso
Mas no momento na primeira vez na vida
Não estou em pânico não posso dizer
Que me curei de minha esquizofrenia
Não sarei minha paranoia mas
Presentemente nesta madrugada
Ajo como se fosse um sarado um
Imortal invulnerável um Aquiles
Não é brincadeira de criança
Nem sonho de velho não
Sei para onde foram os meus
Pesadelos expulsaram-nos de mim
Para alguma manada de porcos
Não os percebo dentro de minha
Capacidade de imaginação não
São mais criações minhas abdiquei
Do cargo de pastor de rebanho de
Apascentador de ovelhas daqui a pouco
O dia amanhecerá tenho paciência

Rio Grande do Norte, 916, 56; BH, 0110702012; Publicado: BH, 0290602015.

Optei por um caminho no qual dificilmente terei
Sucesso optei pela estrada das letras pelas
Rodovias das palavras justamente na época
Na qual não se ler mais nada só terei acidentes
Fatais mas não estou sozinho pois atualmente
Não se compõem mais canções músicas cantigas
Baladas melodias não há mais compositores
De sinfonias concertos óperas não há mais
Escritores pensadores filósofos poetas quem
Como sou optou de maneira errada certamente
Viveu em situação adversa sem sorte com azar
Quem escreveu o que pensa e o que não pensa
Não pode esperar resultados a escrita é sagrada
Consagrada santuário necessita necessariamente
Ser preservada para não morrer nem a caligrafia
Vários escritos de civilizações desaparecidas por
Não haver quem os imortalizasse através das
Letras das palavras das escritas codificadas
Não puderam contar as suas histórias tenho
Percepção que a minha função é esta
Não posso ter outro sentido ter outra
Direção a não ser passar às linhas dos
Papéis todas letras palavras vomitadas
Pelas habitantes das minhas moradas

Rio Grande do Norte, 916, 55; BH, 0110702012; Publicado: BH, 0290602015.

Ganhei a vida para escrever não perco
Tempo ganhei a vida para escrever
Escrevo a vida que ganhei aproveito
Até escrevo a morte que vou ganhar
Apesar de não conhecer bem nenhuma
Das duas à vida finjo à morte minto
Quando a vida não mais me querer a
Morte me quererá de mãos dadas
Braços abertos a morte não perde
Tempo também e quem vai de
Encontro à morte vai de vez não
Volta nunca mais como grasna o
Corvo mas da vida só quero viver
Para escrever da morte quero por
Não ter outro destino a não ser
Morrer ser psicografado quem
Pensa diferente, terá também o meu
Respeito como sempre o coloquei à
Minha frente mesmo quando sou
Desrespeitado vivo condicionado
Adaptado ao sistema numerado por
Todos os lados enquadrado preso
Cheio de senhas explorado pelo
Estado extorquido pelos bancos
Enganado caluniado pelos poderes
Mesmo assim violentado seviciado
Sodomizado escrevo feliz como se
Como se estivesse feliz como querem
Que seja ou nada acontecesse comigo
Como se não sofresse agressão da
Polícia que pago para me proteger me
Comete injustiça ganhei a vida para
Escrever mas não vou mudar o
Mundo de lugar nunca à pena

domingo, 28 de junho de 2015

Rio Grande do Norte, 916, 54; BH, 0110702012; Publicado: BH, 0280602015.

Inda estou aqui fossilizado Fênix
Vim dos meus antepassados negros
Avôs negras avós velhos índio
Nômades velhas índias ciganas
Ancestrais oscilei no tempo desde
A pré-história vivo ainda em tempo
Antigo iniciei saga não finalizei
Topei com europeus de olhos azuis
Caminhei a procurar uma árvore
Habitei cavernas florestas topos de
Morros de montanhas dormi
Entre feras em jaulas de pedras
Dei de mim carne osso sangue
Frescos todas as minhas sombras
Assombrações nada satisfez ou
Fez um final feliz agora à toda hora
Choro ao bater surdamente com a
Cabeça no poente agora imploro
Em orações lamentações numa
Esperança que não tenho que
Tudo caia do céu para mim como
Outro milagre propagandeado
Saúde salvação vida eterna
Cura pão pedinte inveterado
Peço o possível o impossível
O firmamento não se abala com
Minhas preces os céus não proclamam
Uma vibração em recebimento delas

Rio Grande do Norte, 916, 53; BH, 0110702012; Publicado: BH, 0280602015.

Quem pensa existe quem não pensa
Também existe só que não sabe que
Existe o que é o existir? é só o
Pensar? é só o não pensar? existir
É mais do que pensar do que não
Pensar existir não é estar em si é
Ir além de si como fazer essa viagem?
Como viver experiência tão individual
Íntima pessoal? isso porque não se
Pode existir ao depender doutro ser
Mesmo que vivamos em vastas comunidades
Em povoações multidões civilizações
A existência é nossa de cada um
Em si mas só o âmago de cada um
Com sua própria consciência é que
Se pode saber que se existe ou não posso
Dizer penso logo existo o mundo inteiro
Pode pensar que não penso nem
Existo daí? mas se sei que penso se
Sei que existo só sou mais ninguém
Posso sentir isto mas quero pensar quero
Existir em meus pensamentos quero estar
Em mim ir aonde o meu pensamento
Vai quero existir aqui existir
Na viagem aonde minha imaginação
Levar-me junto com a minha inspiração
Quem pensa existe penso logo existo
Existo naquilo que penso?

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Rio Grande do Norte, 916, 52; BH, 0100702012; Publicado: BH, 0240602015.

A minha herança é a dos negros africanos
Aprisionados em suas aldeias mandados
Ao mundo como escravos ancestrais
Minha herança não podia ser outra  é a
Herança antepassada da escravidão dos
Porões dos navios negreiros das doenças
Vindas com esses negros dos corpos
Atirados em alto-mar não me livrarei
Nunca deste passado não quero me livrar
Quero bater sempre à porta da viagem sem 
Volta me envergonhar em nome daqueles
Que não têm vergonha do que fizeram
A minha herança é o banto a macumba a
Umbanda o iorubá as missas as
Tradições dos negros os rituais dos
Cultos aos atabaques dos tambores dos
Tantãs a minha herança é de dor a dor
Das Marias Pretas as lavadeiras as
Cozinheiras escravas sexuais é o
Canto triste das senzalas a alegria das
Rodas de samba das danças os
Santos as santas das religiões negras
Seus reis rainhas a minha herança
É a que enriqueceu o mundo que
Sem essa herança o mundo seria
Bem mais pobre mal iluminado

Rio Grande do Norte, 916, 50; BH, 0100702012; Publicado: BH, 0240602015.

Sabeis daquelas coisas que não chamam a
Atenção passam despercebidas são
Tratadas com indiferença? sabeis das
Poesias dos poemas das odes das
Elegias das óperas das sinfonias? sabeis
Dos concertos dos sonetos da literatura
Dos guetos? sabeis das valas das
Sarjetas dos esgotos a céu aberto das
Aldeias dos rios dos regatos córregos
Riachos? sabeis das rochas dos
Rochedos das pedreiras das pradarias?
Sabeis das falésias dos paredões dos
Outeiros das soleiras? sabeis dos muros
Das muralhas das paredes das quebradas?
Sabeis dos morros das montanhas das
Cordilheiras dos picos? sabeis do pó da
Poeira dos seixos das estradas? sabeis
Das cancelas das pinguelas das cercas
Dos caminhos? sabeis de todas essas
Coisas que ninguém mais quer saber?
Sabeis das favelas das vilas das
Vielas? sabeis das caravelas das naus
Catarinetas dos argonautas dos
Alquimistas? sabeis dos voos das
Mariposas das corujas dos corvos dos
Morcegos das gralhas dos grilos dos
Gafanhotos? sabeis da luz do vaga-lume
Dos pirilampos das mais distantes estrelas?
Então com certeza sabeis de mim

Bula Revista: CHICO BUARQUE: AS 10 CANÇÕES FUNDAMENTAIS DE UM GÊNIO DA MÚSICA

Tem gente gozada nesse mundo. Certa feita, ao assistirmos juntos a um show de Chico Buarque, um amigo comentou assim, meio como se falasse com o próprio útero: “Se eu fosse mulher, cairia fácil-fácil nos braços do Chico”. Eu ri e perguntei se ele sucumbiria ao cantor por causa do par de olhos azuis, pelo seu charme singular e coisa e tal. “Não. Eu seria sua amante por causa da poesia. O Chico é foda…”, emendou.
Comentários surpreendentes à parte, a mim parece que, sem música, a vida seria insuportável, inviável. Eu sigo, portanto, o meu próprio caminho a carregar na memória a obra de uma eclética legião de heróis formada por cantores e compositores, não necessariamente brasileiros, já que a música é tão universal quanto a dor, o amor e uma rima pobre.
Em tempos de diarreia cultural, quando tantas músicas onomatopeicas descartáveis são vomitadas pela mídia, diuturnamente, nos ouvidos das novas gerações, eu percebo que o meu amor pela música não só se fortalece, mas, cresce ainda mais, principalmente quando recorro aos mártires da MPB, como Tom Jobim, Chico Buarque, Luiz Gonzaga, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Caetano Veloso, dentre outros.
Eu sinto pela obra de Chico Buarque um afeto particular pois, foi por meio das suas canções, tanto as românticas quanto as politizadas, que eu me aventurei a cantar, tocar o violão na solidão honesta do quarto ou na euforia manifesta dos saraus e festinhas da minha juventude. Bons tempos aqueles em que eu tive gana, cabelos, fãs volúveis, e sabia tocar de cor mais de cinquenta canções do Chico, sem reclamar de calos nas pontas dos dedos. Meus caros, tenho que admitir: eu era foda.
A Revista Bula convocou os seus leitores para um atrevimento, uma diversão, uma homenagem dentre tantas que virão, a escolha de uma seleção musical para o justo tributo a uma joia da MPB: pedimos para que os nossos leitores elegessem, dentre centenas de composições estupendas, as dez melhores canções de Chico em todos os tempos, as essenciais, as mais belas, as que tocassem fundo na alma, um suposto repertório para Deus ouvir — caso Chico nele acreditasse — durante a happy-hour celestial, sentado numa nuvem, a tomar licor de amarula, exaurido pelas lamentações, desanimado por ter criado o ser humano a sua imagem e semelhança. “Será que sou tão ruim assim?”, teria ele perguntado a um arcanjo.
A lista será, certamente, controversa. Mas, entendam dessa forma, viciados criadores de celeumas: a seleção, per se, é simbólica. Servirá, contudo, como lenitivo àqueles que jamais saciam a sua sede musical. Aquele tipo de música que, a despeito do declarado ateísmo de Chico, comprova a existência de um Criador emanado, não das páginas emboloradas de um calhamaço de parábolas antiquadas e reacionárias, ou da frieza longínqua de uma nuvem vaporosa estacionada no céu, mas, sim, da voz honesta de um cantor ou do som cativante da sua ferramenta de melhorar mundo: o instrumento musical. Ficou assim a lista da Revista Bula.

Quem te viu, quem te vê (1967)

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Quando se fala que a música sertaneja contemporânea é trilha sonora de dar em corno, por causa do reincidente roteiro do amante traído que chora pelo descaso da amada, muita gente reclama de preconceito musical. Esta composição de Chico prova que é possível lamentar um amor não correspondido sem parecer oligofrênico. Eu sei que é difícil, mas não custa caprichar mais nas letras, caubóis do asfalto.

Apesar de você (1970)

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Cobrir o rosto com um pano preto e sair quebrando as vidraças dos bancos com blocos de concreto é mole. Quero ver ter a coragem para fazer o levante de um povo concebendo canções tão revolucionárias quanto esta, talvez, a mais emblemática e politizada composição de Chico Buarque.

Cotidiano (1971)

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Um dos mais relevantes riscos de amar é cair na rotina. Dizer tudo igual, de forma diferente, a cada santo dia: eis aí um desafio para poucos.

Construção / Deus lhe pague (1971)

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Chico é um dos poetas maiores da MPB. Certamente, muito mais competente como letrista do que como músico e intérprete. Na letra de Construção, uma avalanche de palavras proparoxítonas reforça a contundência da temática social. Eu sei que você não acredita, Chico, mas, mesmo assim, Deus lhe pague por você ter criado duas canções tão memoráveis.

O que será (à flor da pele), [1976]

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Frequentemente, eu me pego pensando: com tanto lixo tocando na TV e no rádio, o que será da música popular brasileira? Ou será que só fiquei velho e ranheta?

Olhos nos olhos (1976)

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Canções como esta, dentre tantas que Chico Buarque compôs para o universo feminino, certamente fazem com que as mulheres se sintam vingadas de homens como eu, como você e, por que não dizer, como o próprio Chico, já que ninguém é de ferro no que tange a pisar os corações. O mulheril simplesmente adora esse tipo de música. Se demorasse meia hora mais para nascer, Chico nasceria mulher.

Pedaço de mim (1978)

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“A saudade é o revés de um parto. A saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu…”. Versos escritos assim jamais saem da memória de quem ama a poesia. A letra desta canção é um presente que dispensa comentários.

Cálice (Chico e Gilberto Gil, 1978)

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Por ingenuidade, ignorância ou má fé, há quem defenda o cerceamento da liberdade e o retorno dos militares ao poder como uma fórmula eficiente para se colocar ordem nas coisas. A história não perdoa, incautos: calem-se!

Geni e o Zepelim (1978)

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Uma das características que o ser humano tem de pior é a hipocrisia. Pior que ela, talvez, a ingratidão. Esta composição de Chico conta uma incrível história de abuso e intolerância. Em tempos de homofobia e ódios declarados, até parece que esta letra foi escrita hoje cedo.

Eu te amo (Chico e Tom Jobim, 1980)

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Sugiro aos rapazes que guardem esta canção de amor de Chico Buarque a tiracolo, perto das mãos e dos ouvidos, para o caso de precisão, para o recurso de uma derradeira tentativa para dissuadir a mulher amada que deixou de amar. Eu não afirmaria 100% aos meus colegas de desassossego que se trata de um adjutório infalível, mas, que faz balançar o coração, ah, isso faz. Chico, não me leve a mal, pode até parecer frescura da minha parte, mas… eu te amo, cara!