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sexta-feira, 29 de abril de 2016
sexta-feira, 22 de abril de 2016
quinta-feira, 21 de abril de 2016
PAULO NOGUEIRA NO DCM, Como Glenn Greenwald consolidou na mídia internacional a imagem de que é sim um golpe.
Não adianta gastar dinheiro público e enviar gente como o senador Aloysio Nunes para Washington numa tentativa de conquistar corações e mentes internacionais para o golpe.
Não adianta também jornalistas provincianos como os da Globo se esgoelarem a mando dos patrões para tentar negar o golpe perante a comunidade mundial.
É um jogo que está definido – e não apenas porque o golpe é golpe. Há um fator decisivo nisso: Glenn Greenwald.
Quem conhece o trabalho numa redação sabe como os jornalistas se movimentam em momentos turbulentos num país que não seja o seu.
Para se informar e começar a formar opinião, eles procuram, primeiro e acima de tudo, jornalistas locais que admirem e respeitem.
Greenwald, que decidiu há alguns anos morar no Brasil, preenche ambos os requisitos.
Ele é uma autoridade jornalística nos Estados Unidos, onde nasceu e se formou como repórter, e na Inglaterra, onde foi uma das mais respeitadas vozes do Guardian.
É ele que muitos jornalistas americanos e ingleses consultaram e consultam para saber mais sobre o Brasil.
Confiam em seu conhecimento, em seu discernimento, em sua integridade.
Não apenas lhe telefonam em busca de subsídios. Mas também o entrevistam, como fez há pouco a CNN.
Que jornalista ligado ao impeachment tem, entre os jornalistas estrangeiros, os atributos de Greenwald?
Merval? Azevedo? Noblat? Mainardi? Escosteguy? Míriam Leitão? Sardenberg? Waack? Bonner? Erick Bretas, fantasiado de Sérgio Moro? Ali Kamel, alavancado pela sua obra magna Não Somos Racistas?
Existe não apenas a barreira da língua, naqueles casos. Mas sobretudo a da respeitabilidade, a do prestígio, a da confiabilidade.
Já era uma questão real antes. E se tornou intransponível depois que Greenwald, num espasmo de sinceridade, afirmou na entrevista que fez com Lula estar chocado com a tendenciosidade e a militância política da imprensa brasileira.
É propaganda de direita o que a mídia nacional faz, não jornalismo.
Os jornalistas estrangeiros registraram, evidentemente, a avaliação de Greenwald sobre Globo, Veja etc.
Mais recentemente, Greenwald voltou a falar da imprensa brasileira. Mais especificamente, da Veja, que o atacou num artigo com o mesmo padrão do elogio a Marcela Temer por ser “bela, recatada e do lar”.
Ele afirmou tomar o ataque como um elogio, porque a Veja é uma “piada”. Disse que se mandassem a página emoldurada a penduraria na parede de sua casa.
A imagem da mídia nacional no exterior era inexistente. Agora, ela é o que Greenwald disse sobre ela.
Não é novidade nenhuma para os brasileiros, que sabem dos horrores pseudojornalísticos praticados pelas corporações de mídia dos Marinhos, Civitas, Frias.
Mas para as redações estrangeiras foi uma novidade. Uma péssima novidade.
O diagnóstico de golpe feito por Greenwald acabaria sendo reforçado, para jornalistas de fora, pelo espetáculo grotesco da sessão da Câmara em que corruptos diziam sim ao impeachment com argumentos que pareciam saídos do Sensacionalista.
O jogo da imagem perante o exterior está perdido para os golpistas, qualquer que seja o desfecho do golpe em si.
Para os cofres públicos, é melhor economizar dinheiro como o gasto para mandar Aloysio Nunes para Washington numa missão impossível: mostrar que o golpe não é golpe.
Presidenta Dilma viaja para Nova Iorque:
Blog do Planalto |
- Presidenta viaja para Nova Iorque
- Nota à imprensa
- Lutarei em todas as trincheiras para derrotar esse golpe, diz Dilma em entrevista a blogueiros
Posted: 21 Apr 2016 04:50 AM PDT
*Agenda sujeita a alterações ao longo do dia. Para atualizações, acesse o Portal Planalto. |
Posted: 20 Apr 2016 06:12 PM PDT
A presidenta Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira (20), por meio de nota divulgada pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República, a saída dos ministros Censo Pansera (Ciência, Tecnologia e Inovação); Eduardo Braga (Minas e Energia); e Helder Barbalho (Secretaria de Portos da Presidência da República).
Assumirá o lugar de Eduardo Braga, como ministro interino, Marco Antônio Martins Almeida, atualmente secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis.
Como novo ministro da Secretaria de Portos assumirá Maurício Muniz, atual secretário do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Celso Pansera reassumirá seu mandato na Câmara dos Deputados.
A presidenta da República agradeceu aos ministros pelo trabalho e dedicação e desejou sucesso nos desafios futuros.
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Posted: 20 Apr 2016 04:41 PM PDT
A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta quarta-feira (20), que irá lutar em todos os níveis contra o que chamou de “eleição indireta travestida de impeachment”. A declaração foi feita durante entrevista concedida a blogueiros no Palácio do Planalto. Segundo a presidenta, o governo, apesar de respeitar a legislação e a representatividade do Congresso, considera ilegítima e distorcida a forma como se deu o rito do pedido de interrupção do seu mandato.
“O que está em questão não é o meu mandato, está em questão o processo democrático. Ou seja, está em questão aquilo que a gente dava como garantido. Eu nunca achei que outra vez eu ia estar lutando por democracia. Então, como isso está em jogo eu vou lutar em todas as trincheiras que eu puder para derrotar esse golpe, onde for necessário eu vou. […] Uma coisa é respeitar, outra coisa é saber que o rito foi inteiramente permeado de cerceamento à defesa e desvio de poder por parte de quem o conduzia”.
Ainda sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, Dilma disse que ele foi o “conspirador-mor” da desestabilização do seu governo e representa “o pecado original” do processo de impeachment.
“O conspirador faz o processo de impeachment, não olhando as bases reais dele, mas olhando o fato de que os seus, a sua negociação chantagista não tinha sido aceita. […] Mas o fulcro da ilegitimidade é que quem quer me substituir e conspirou para isso, não tem voto popular. E só tem um jeito de você legitimar-se na democracia, voto popular”.
Confiante em relação à continuidade do seu governo, Dilma disse que chegou o momento de se provar quem são os verdadeiros democratas do Brasil.
“Quem vai respeitar a Constituição Federal nesse País? Estou sofrendo o pior dos agravos que é ser condenada injustamente. […] Eles não me afastarão, eu continuarei sendo a presidenta da República. Não acho que seja algo decisivo. Tenho que manter o que sou, sou presidente da República Federativa do Brasil, eleita por 54 milhões de votos”
Questionada sobre que País espera deixar para seu neto, Dilma disse desejar o fim do ódio, da intolerância e do preconceito contra índios, mulheres e orientações sexuais.
“Quero um país em que o meu neto olhe para povo brasileiro e lembre sempre que ele, o brasileiro, é o guardião de tudo que nós temos de melhor. Então, que ele saiba ter um padrão de julgamento, em que ele defenda aqueles que mais precisam e que ele viva num país melhor do que eu vivi. Acho que ele vai vier, porque eu vivi uma parte da minha vida na ditadura, estou vivendo na democracia. E acredito que nós vamos assegurar que essa democracia inclua, desenvolva, que eticamente seja intolerante e não incite o ódio nem o bullying”.
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quarta-feira, 20 de abril de 2016
De O Cafezinho: Podemos divulga duro manifesto contra o golpe no Brasil
Podemos divulga duro manifesto contra o golpe no Brasil

(Foto: mobilização antigolpe em Brasília. Crédito: Flickr Mídia Ninja).
O Podemos, a nova esquerda espanhola, foi direto ao ponto: "Consideramos imprescindível que se respeite a vontade do povo brasileiro, que reelegeu a Presidenta Dilma em 2014, ou que se modifique esse mandato pela única via democraticamente aceitável: vencer nas urnas."
O Podemos, a nova esquerda espanhola, foi direto ao ponto: "Consideramos imprescindível que se respeite a vontade do povo brasileiro, que reelegeu a Presidenta Dilma em 2014, ou que se modifique esse mandato pela única via democraticamente aceitável: vencer nas urnas."
Obrigado, Podemos!
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No site do Podemos.
COMUNICADO DE PODEMOS SOBRE A PREOCUPANTE SITUAÇÃO POLÍTICA NO BRASIL
No dia de ontem, o Congresso do Brasil aprovou a abertura do processo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff
Nos últimos anos, a sociedade brasileira empreendeu uma intensa luta contra a praga da corrupção que afeta seu país. Em meio à avalanche de casos que vieram à luz e que envolvem diversos partidos e empresas, a Presidenta não se viu implicada em nenhum deles, e não há suspeita fundamentada, nem prova alguma de que tenha se apropriado de um só real por vias irregulares, nem de ter aceito nenhuma propina. Por outro lado, 60% do atual congresso brasileiro, sim, tem casos abertos de corrupção, e o próprio presidente da Câmara, Eduardo Cunha, está acusado de evasão fiscal, por ter três contas na Suíça, e de ter aceitado subornos da Petrobras.
Na mesma linha expressa pelo Secretário-Geral da Organização de Estados Americanos (OEA), nós, de Podemos, compartilhamos a preocupação ante essa grave situação, em que a Presidenta democraticamente eleita está sendo condenada por um Congresso doente de corrupção e claramente orientado por intenções espúrias. Não existe hoje nenhuma acusação de caráter penal contra a presidenta. A acusação de má gestão das contas públicas, escassamente desenvolvida ontem pelos congressistas brasileiros, não foi avalizada pelo Tribunal de Contas da União e não justifica, portanto, um processo de destituição como o que se constituiu.
Além disso, como também aponta a OEA, a ruptura institucional que se está consolidando contra a Presidenta Rousseff não só é um procedimento de duvidosa legitimidade, mas contraria sem fundamento algum o caráter presidencialista do sistema constitucional brasileiro. Tentar a destituição por meio de um impeachment, com base numa mudança da correlação de forças dentro da coalizão governamental, violenta o fundamento e o mandato democrático obtido nas urnas pela Presidenta Rousseff.
Consideramos imprescindível que se respeite a vontade do povo brasileiro, que reelegeu a Presidenta Dilma em 2014, ou que se modifique esse mandato pela única via democraticamente aceitável: vencer nas urnas.
Após uma década de importantes progressos sociais no continente, dos quais o Brasil foi um dos grandes protagonistas, com o desejo de deixar atrás um longo histórico de golpismo, intervenções e ingerências na região, nós, de Podemos, confiamos em que o Brasil, como toda a América Latina, continuará ganhando em autonomia democrática e não ressuscitará tristes fantasmas, que acreditávamos enterrados nos anos escuros da história. O caminho golpista e as vulnerações dos parâmetros democráticos, nos últimos anos, na Venezuela (2002), Honduras (2009) e Paraguai (2012) são precedentes que convocam a manter-se alerta.
Nós, de Podemos, solicitamos, por isso, ao Governo da Espanha e a todas as forças políticas e sociais, que demonstrem seu compromisso com a estabilidade das instituições democráticas, e a solidariedade e o respeito à vontade soberana expressa nas urnas pelo povo irmão do Brasil. A imprescindível luta contra a corrupção e por um país mais transparente e mais justo não pode nem deve ser utilizada por interesses espúrios, como um aríete contra a legitimidade das instituições e contra o império do princípio democrático.
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