quarta-feira, 13 de abril de 2011

Paul Éluard, Espelho de um Momento; BH, 0130402011.

Ele dissipa a claridade
Mostra aos homens as imagens sutis da aparência
Arrebata aos homens a possibilidade de se distraírem.
É duro quanto a pedra,
A pedra informe,
A pedra do movimento e da rua,
E seu brilho é tal que todas as armaduras, todas as máscaras
Se deformam.
O que a mão tomou desdenha mesmo de tornar a forma da mão.
O que foi compreendido não existe mais,
A ave se confundiu com o vento,
O céu com sua verdade
O homem com sua realidade.

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