Os morros choram encharcados das ressacas
Dos deuses festeiros beberam todo o vinho
Em revolta com o fim do vinho em turba
Transformaram todas as águas dos
Mananciais do Olimpo em vinho beberam
Mais de mais vinho comeram carneiros
Assados com temperos de olivais hortelãs
Amaram as ninfas as ninfeias as ninfetas
Fizeram orgias pelos tabuleiros enseadas
Pradarias falésias geraram montanhas
Montes cordilheiras picos cimos cimeiras
Caíram dos cumes cumeeiras rolaram nas
Pedras das pedreiras nas rochas dos rochedos
Dos despenhadeiros nos sais das salinas nas
Areias das dunas nas ondas dos mares se
Penduraram nos relâmpagos nos raios nos
Trovões fizeram tempestades nas torres dos
Conventos igrejas mosteiros castelos
Demais casarões assombrados da idade média
Brincaram com naves espaciais do jeito que
Brincávamos com barquinhos de papel
Nas correntezas depois dos temporais riram dos
Vendavais esses deuses bêbados debochados que
Desprezam fieis ignoram templos altares
Erguidos a eles fazem ouvidos de mercador
Às orações às rezas às cantorias aos hinos
De louvores em suas homenagens esses
Bêbados deuses menosprezam a fé a religião
Abominam milagres são sádicos detestam
Curas de seus seguidores quereis vê-los também
Bêbados a beberem todo o vinho? quereis
Vê-los embriagados? detestam a sobriedade
Amam a loucura a esquizofrenia a
Insanidade dos seus devotos choram quando
Estão alegres fazem os morros chorar
De ressaca incomodam mortos nos cemitérios
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