Nunca terei certeza de nada desconfiarei
De todas as certezas da forma que falho
Todos os dias um dia todas falharão as
Minhas falhas só põem em risco a mim
Mesmo as falhas das certezas porão em
Risco as leis do universo nunca terei a
Infalibilidade do universo ao escrever
Qualquer verdade tremerei a mão pelo
Peso da mentira quem escreveu assim
São todos os que vieram antes de mim
Os donos das verdades absolutas dos
Caminhos da vida dos dogmas da
Salvação depois de morto qualquer
Situação é favorável ao morto depois de
Morto os vivos não passarão de mortos
Que dormem depois de morto minhas
Orelhas continuarão a arder são as
Duras palavras a meu respeito as
Duras palavras entram em nossos
Ouvidos aninham-se em nosso peito
Nada mais letal do que as duras palavras
Ditas na nossa cara não quero ser
Duro nem nas letras nem nas palavras
Nem nos atos não quero ser duro em
Nada nem com ninguém muito
Menos afirmativo confirmativo
Elucidativo quero um sedativo daqueles
Que vendem nos bares das esquinas
Nem taxativo quero ser quem quiser
Que seja o que quiser ser o que quer
Ser a mim o resto satisfaz as
Sobras do caos a rapa do tacho o
Queimado da panela minha avó
Comia numa gamela com as mãos
Fazia capitão de farinha arroz feijão