Não sou um escritor que sabe arromançar ou romancear
Uma história cheia de emoção sem perder o fio da
Meada e o certo é que não sei mesmo traduzir nada em
Romance e vivo aí morto nesta vida arrombada pela
Morte e todo dia a assombrar a literatura e a fazer este
Rombo literário que até parece borda falsa dum navio e
Não tenho nem o qualificativo das folhas de plantas que
Apresentam a forma da roseta ou espora ou a rosa dos
Ventos e não tenho o estilo arrosetado e sou um tipo
Arrotador e cuja escrita sai tipo daquele que arrota e é
Um fanfarrão e minha escrita só diz bravatas e não é um
Escrito lavrado ou desbravado é o que se
Arrotou dum escrito arroteador e arroteado como a
Terra e não tenho nas letras o arroteamento da terra
Dantes inculta e que se começa a lavrar a arroteia donde
Se pode tirar muitos frutos de qualidade e escrevo como
Um arroubamento ou um êxtase de grosseria ou um
Enlevo de estupidez ao só arroubar por folhas letras e
Palavras e frases vãs e vagas e vazias como uns vácuos
Que não contêm nadas e despejado de princípios e de
Teores elevados e de espaço imaginário e não ocupado
Pois não sei arroupar e nem sei vestir o vernáculo ou
Arroupar a verborrágica o que deixa-me arroxado de
Raiva e arroxeado de ira e qualquer um sabe passar
Para o papel uma ideia e eu não e qualquer um sabe
Passar para o papel um ideal e não eu que de tanto
Tentar arroxei de ódio e fiquei da cor tirante a roxo e
Com todo o arroxeio possível de indignação e ao sentir
Que o que produzir não passa duma arrozalva duma
Farinha de fubá de arroz e mais arroxeei-me por não
Ser a produção duma arrozeira dum arrozal dum
Arrozeiro de meter inveja a qualquer um que gosta
Muito de arroz e a tudo relativo à uma boa lavoura e à
Uma arvoragem erguida como um arvoredo hasteado
Aos céus e içado aos píncaros da sabedoria e erguido
À altura dos conhecimentos com a responsabilidade
Dum soldado com as atribuições de cabo e escrevo
Com o arvoamento e com o estonteamento e como
Se estivesse a arvoar por todas as folhas de papiros
E pergaminhos e fragmentos de manuscritos dos
Santuários universais e o que mata-me é que não perco
O jeito perturbado e não perco o gesto aturdido e não
Perco o comportamento tresloucado e o passeio
Estonteado que deixa-me cada vez mais arvoado e
Cuja cultura não presta nem para arvicultura ou a
Cultura dos campos ou a cultura dos cereais e nem
Para arvicultor sirvo e quanto mais para escritor e não
Preciso de críticos e sei muito bem disso e reconheço
A minha baixa condição e é por isso que vou habitar
Os campos e as terras de lavouras e vou mudar de
Conduta e virar arvícola ou silvícola e fazer uma obra
Arvense e que cresce em terras cultivadas e prender-me
Com arvelas e as argolas que se metem nas cavilhas
Para segurar melhor as chavetas e assim a minha queda
Será evitada e meu campo cultivado será melhor e minha
Terra lavrada e não semeada estará pronta para o arval
E terei a sabedoria dos antigos sacerdotes de Ceres e
Os arvais dos segredos dos conhecimentos e o auspicio
Será da melhor qualidade e o prognóstico será tão bom
Quanto o feito pelos arúspices e suas ciências e o
Resultado aruspicino me será favorável como o do
Sacerdote romano que predizia o futuro pelo exame
Das entranhas das vítimas e pela aruspicação e a
Arte divinatória do arúspice pois escrevo como se
Estivesse embriagado pelo líquido arundíneo e o
Líquido feito da cana e a água arundinosa que nos
Alucina e nos transplanta para uma arumarana a planta
Da família das marantáceas onde o arumará e a ave da
Família dos icterídeos e também chamada uiraúna e faz
seu ninho à margem do rio arumaçás o nome comum a
Dois peixes da família dos pleuronectídeos e dos arumás
E a planta da família das marantáceas e esta é a minha
Árula e minha ara mas por qual altar vai orar sem saber.
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