segunda-feira, 4 de abril de 2011

Lua há milênios me olhas daí; BH, 0180202011; Publicado: BH, 040402011.

Lua há milênios me olhas daí
Nunca te agradei nunca estive
Num dos teus quartos sagrados
Nas noites que mais gostas de
Aparecer é quando és nova mas
Apareces para mim em todas
As noites que foges podes
Aparecer não a adoro não a
Agradeço nem a agrado sou
Um ingrato magoado
Imperturbável embelezas
Minhas noites mesmo sem
Merecer a tua face que
Nesta noite então estás
Inconfundível não és
Coroa de prata és cara de
Ouro branco és tesouro que
Não se pode calcular é este
Meu luar aqui do meu quintal
Por entre os galhos das folhas
Do pé de framboesa pairas
Rainha minha com desejo de
Mulher já amada por tantos
Homens poetas reis mendigos
Fico com ciúme por não seres só
Minha por não estares só na
Minha cabeça sempre nua
Lua como sempre mesmo
Quando estou bêbedo largado
No olho da rua nunca me
Dizes nunca nunca me dizes
Não anciã senhora moça
Menina mulher qual o poeta
Que não quer fazer mais
Bonito ser o maior na disputa
Dum beijo apaixonado?

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