Minh'alma é uma ensambladura de alma
Não é alma meu espírito é uma ensamblagem
De espírito não é espírito tenho ensamblamento
De ser não tenho ser pois não soube ensamblar
Em mim um ente assim de entidade elevada
Perfeita com total coordenação de ideias
Não soube embutir meu pensamento
Com um padrão de nível de qualidade
Não servi para entalhar bem a minha
Imagem de homem bom que sabe
Emalhetar compaixão marchetar em
Torno de si a verdade tenho medo de
Ensandecer-me antes do tempo tudo
Em torno de mim só quer me tornar
Sandeu a televisão me deixa demente
A mídia é de me enlouquecer não
Existe nada que possa fazer para me
Impedir de me dementar duma vez
Por todas; se ainda obtivesse a condição
De emanchar a minha mente alargar meu
Ideal aproveitar as ensanchas assim
Ampliar tudo dentro de mim o sofrimento
Seria menos o meu choro não seria tão
Ensanguentado tão coberto manchado de
Sangue coagulado que chega a enroxar o
Semblante a enruçar os cabelos devido o
Meu modo de entudescer-me comigo
Mesmo tão ignorante que chego a
Embrutecer o mundo a asselvajar o
Universo a tornar bruto rude o chão
Onde piso gostaria de parar também de
Enrufar-me com as pessoas não pretendo
Mais arrufar-me com a natureza nem
Zangar-me com os meus semelhantes
Minha mãe está lá quase a chegar ao fim
Da jornada não quero ir vê-la, porém
Preciso ir lá mesmo com o padecimento
É minha mãe tenho obrigação de prestar
Solidariedade sei que não estou enroupado
De bons princípios não ando vestido de
Razão nem agasalhado de virtude não
Sou o que está bem servido de roupas o
Que está roupido pois estou nu enroscado
Agarrado nos meus delitos graves deixei-me
Envolver nos conflitos fiquei preso nos
Complexos por meio da rosca do medo da
Covardia que acompanham-me sempre
Caí desde que nasci no enroladouro
Fiquei como o caroço ou como aquilo
Em que se enrola o fio para formar o
Novelo então afoguei-me no enroladoiro
Pior do que a enrediça a planta que
Tem os ramos muito emaranhados
Donde não se aproveita nenhuma meada
Tal qual deste enrediço facilmente de
Emaranhamento dificilmente esclarecedor
Aqui termino sempre perdido
Nesta falta de lucidez de espírito
A procurar sempre o que nunca
Irei encontrar despeço-me com este
Vago deste vão de vácuo de deserto
Mental onde nem curandeiro dá mais
Jeito o benzedor desistiu de benzer pois
Também viu em mim um ensalmador
Charlatão mandingueiro sem enteléquia
Pobre na essência da alma muito distante de
Aristóteles porém teimoso que vai fundo no
Veio enredoso a derrubar o confuso a decifrar
O complicado a lutar para retoucar revolver os
Meandros os labirintos cerebrais com esperança
De enredoucar a estupidez do enregelado
Do hirto grotesco de coração álgido
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