Sofro pois sei que a minha mente não funciona
Nunca saberei as respostas dos mistérios nem as
Soluções dos enigmas ou as resoluções para uma
Vida melhor para a humanidade sofro pois não
Penso nem sei qual é o caminho da felicidade
Mesmo ainda não encontrei meu caminho até
Hoje tenho medo de enfrentar os problemas as
Minhas ações são de covarde de quem não sabe
Viver nem tem capacidade de fazer alguém feliz
Amanhã parece até que acordarei morto a
Depressão não me deixa sentir a incerteza me
Enche de insensibilidade transformo-me num
Insensato fico a parecer um louco as pessoas me
Olham como se fosse um imprudente um
Demente desajuizado mas não sabem que tudo é
Por causa do indolorimento da minha indiferença
Impossibilidade sofro pois a insensibilização
Tomou conta do meu coraçã,
Meu coração já sabe insensibilizar minha mente
E deixar meu cérebro insensitivo, com pensamento
Indiferente e reflexão impassível e de passagem,
Mais insensível ainda torna-se minh'alma
E não sei quebrar esta inseparabilidade, não
Sei desfazer esta união de ente e espírita, ou
Acabar com a conexão, esta intimidade que
Destrói, que mantém a ligação, que me faz
Sofrer cada vez mais, por não ser capaz de usar
A criatividade e por fim a este sentimento
Ruim; sofro, pois gostaria de não pensar que sofro
E o que é o meu sofrimento diante do sofrimento
Da humanidade? quero que a culpa seja minha,
Para expiar um pouco a carga pesada da raça
Humana; preciso passar um pouco de esperança
Para o ser humano, mas preciso acreditar que
Tenho esta capacidade de fazer isto; alguém
Com mais determinação e menos preguiça
Do que eu, bem que poderia indicar-me
Como sair deste poço; alguém com o dom
Da inspiração, poderia a me ajudar a criar a
Palavra mágica que espalhasse sobre o mundo
A áurea do amor e aí preservaremos o próprio planeta;
E a fauna, a flora, a natureza inteira e até o maior
Inimigo de tudo isso: nós, o homem; sofro, sou um
Homem, trago o mal e não faço o bem, sou o
Mau e não sou bom; sofro, não consigo mudar
De condição; Deus me fez de argila, de barro
E errou ao transformar-me em carne e osso,
Errou ao dotar-me de alma e espírito; se
Ele tivesse me deixado na condição de pó,
Do qual fui formado, Ele não precisava
Ter dado o único filho para morrer por mim,
Que não mereço nem o ar que respiro; só
Mereço o pó de onde vim e por onde deveria
Estar a me arrastar até hoje; Deus deve estar
Muito arrependido de ter me dotado de consciência;
Ainda bem que quando Ele quiser, Ele me
Apaga como se fosse um risco feito de
Graveto de negrito, na terra onde pisam os
Justos e os retos; e gostaria de para de sofrer,
Enquanto ainda me finjo de vivo; se Deus
Desse-me esta alternativa de viver, de ser um
Vivo, de aprender a viver, muito o agradeceria,
E não mais diria: penso, logo sofro; sofro, logo
Penso e queimo-me e arruíno-me por dentro
Devido a podridão que devassa meu coração,
Sobras dum despacho duma encruzilhada.
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