O que poderia escrever que ainda não foi escrito?
E o que poderia falar que ainda não foi falado? e
O que poderia dizer que ainda não foi dito? e o
Que poderia pensar que ainda não foi pensado? e
Nada mais resta a fazer ou a inventar ou a
Revolucionar e não há mais nada de novo nem
Abaixo dos céus e nem acima de todos os céus dos
Céus e a humanidade volta-se à desumanidade e
A razão à desrazão e o sossego ao desassossego e
Nem as ossadas e os ossos ancestrais e as caveiras
Dos consagrados esqueletos dos antepassados estão
Resguardados e não sabemos aonde andarão os
Nossos ossos de estimação e perdemos contato
Com o sobrenatural e assombrações e as culturas
Alienígenas e extraterrestres e nada mais trará o
Homem de volta à evolução da espécie e o homem
Emperrou-se na involução da espécime e não se
Curou e passou as estigmatizações de gerações
Em gerações e a maldade hereditária e a ruindade
Genética e a perversidade herdada e volta-se ao
Subsolo do subterrâneo o pouco que se suspirou
De pureza e de clareza e de liberdade e volta-se
Ao manto da caverna o prisioneiro para ser
Acorrentado às paredes cavernosas dos calabouços
E não se ouvirá mais os soluços das flores das
Fontes de águas cristalinas e os prisioneiros
Ficarão prostrados nas lápides nuas envoltas
Nas penumbras das trevas e engendrados e
Intrínsecos latejarão no casulo com a esperança
A amadurecer para ressurgir a sorrir no azul.
BH, 0180802019; Publicado: BH, 0300302022.
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