Agora tenho que assumir,
Não vai adiantar negar,
Fingir e mentir;
Agora tenho que meter a cara,
Não correr da raia,
Segurar o pepino,
Sem excitação, e
Ficar com a bananosa,
Com o abacaxi
E o rabo de foguete;
Agora não tenho,
Para onde correr;
Se correr o bicho pega, e
Se ficar o bicho come;
E nasci bichado,
Meu nome era bicho papão,
E não sou inocente;
Faço questão de não ser;
Não sou bom moço,
E sei muito bem,
Que a minha reserva moral,
É um estábulo
Ou um chiqueiro;
Chega de falsidade,
Chega de ilusão,
Com azar ou com sorte,
O problema agora é meu;
E quem tem que pagar,
Não é mais ninguém,
A não ser eu;
Fui eu quem procurei,
E agora o medo é meu,
Já que a coragem fugiu.
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