Ó vós que vos amais, quereis então viajar?
Não seja nunca muito longe.
E sede mutuamente um mundo sempre lindo,
Sempre novo, sempre sorrindo.
A sós, tudo supri, nada vos dê cuidado.
Eu amei uma vez: e por isso, jamais,
Por tesouros, paços reais,
Por todo o firmamento e o céu todo estrelado,
Eu trocaria algum lugar
Honrado pelos pés, aceso pelo olhar
Da querida pastora em flor
A quem, ferido pelo Amor,
Servi, preso por meus primeiros juramentos.
Ai! quando voltarão semelhantes momentos?
Tanta amável mulher, cheia de encantamentos,
Ao léu, me deixará, de minha alma inconstante?
Ai! se de novo o peito ousara se inflamar!
E não mais sentirei afeição que me encante?
Já se foi meu tempo de amar?
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