sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Quando andares pelas sombras; BH, 0801101999; Publicado: BH, 0260802011.

Quando andares pelas sombras
Estejas acautelado sejas astuto
Quando andares pelo vale da
Morte sejas manhoso que a
Morte é uma acaulescência na
Morte não tem o crescimento
De caule como têm as plantas
Só a vemos quando já estamos
Mortos é por isso que devemos
Estar de olhos bem abertos
Para não acaudatar não seguir
Na cauda da dita deixá-la seguir
Sozinha é como uma acanã ave
Da família dos falconídeos
Espécie de gavião acanã preste
A nos prender nas garras no bico
A morte não é acatitada não tem
Modos catitos nem é ajonatada é
Vil cruel vã covarde triste de longe
Sentimos nas narinas o mau cheiro
Da catinga que exala acatingada por
Onde passa na estrada vem de todas
As maneiras de encruzilhadas vem
Até acantalhamada na imitação de
Castelhano afeiçoada a uma lágrima
Choro pranto lamúria ladainha tem
Que ser acatada venerada respeitada
Mas não faz por onde não é acatadora
Não respeita nem acata autoridade
Quando vem de avião ou de trem de
Acataia também planta da família
Das poligonáceas quando andares
Pelas florestas talvez não temas tanto
Se morreres pelo efeito da natureza
É morrer com dignidade

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