Passarei a me alimentar pela algarobeira
Planta da família das leguminosas cujas
Vagens servem de alimento a animais
Domésticos como hoje sou um porco já
Fui alimentado pelos restos das bolotas
Dos porcos quando era homem era um
Componente da manada que Jesus mandou
Aos espíritos ruins que estavam num
Endemoninhado que saíssem fossem
Para a manada todos se lançaram no
Precipício fui o único que não caí fui
Salvo por um algarvio natural da Algarvia
Portugal no meio duma algazarra total
De toda vozeria estridente gritaria de
Facadas em endemoniado fui tirado do
Chiqueiro com algemas argolas
Metálicas para prender os pulsos as
Pernas duma pessoa ou louco deixei-me
Algemar com uivos de insanidade que
Minh'alma algente algida muito fria
Deixava expelir por minha boca uivos
De espumas de algodão ectoplásmico
Onde era alguma coisa um tanto que
Não representa nada algo que não é
Nobre sem bens cabedal só um lugar
Álgido excessivamente frio gelado igual ao
Meu espírito o túmulo com a algidez do meu
Corpo rígido com a dor que não correspondia
Mais a lesão da algia do corpo corpo decomposto
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