Ao alimentar-me de algas
Plantas aquáticas primitivas
Sem raízes firmes sólidas
Folhas caules hastes da
Classe das critogânicas já
Na minha velhice usar a
Algália sonda para extrair
Urina para poder urinar no
Meu sonho de velho será
Um algar um barranco
Infinito despenhadeiro
Sem fim cavernas
Habitadas por pesadelos
Que serão narrados numa
Algaravia uma língua
Confusa falada pelos árabes
No Algarve toda a minha
Frágil voz será uma linguagem
De difícil entendimento nos
Meus ouvidos só o zumbido da
Vozeria esganiçada da zoeira do
Meu delírio da minha caduquice
Onde não mais saberei os algarismos
Os símbolos que na escrita representa
Os números dos dias que já vivi não
Mais saberei contar os arábicos de
Origem indiana os dez usado pelos
Árabes que não me servem para nada
Tanto quantos os romanos que são
Sete no sistema de numeração que
Não saberei mais usar para contar
Todos os números de todos os tempos
Que foi a minha perdida infância
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