Abonançado sou
O que abonança
O que acalma
Tranquilizador sou
Abonativo ao bem
Abonador ao amor
À paz abonativa
Calmo sereno bom
Não dou ouvidos ao
Abonaxi da burguesia
Ao da elite carnívora a
Ave escolopácida cuja voz
Imita o latido dos cães a
Minha caravana passa
Num mar de tranquilidade
Enquanto latem
É deixar aboncar o mal
Mudar o fruto envenenado
Dar uma abonda dar
Um basta um bonda
À mentira que alimenta
As veias da sociedade cruel
Onde impera a abondança da
Ilusão a abundância da falsidade
Grandes abondanças irreais
Grandes festins macabros
Que não podem abondar de mim
Se aproximar-me contamina-me
Se chegar a mim me extermina se
Abundar transborda de imundícies
Transborda toda a sujeira
Crime vergonha
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