Acaçalador de estrelas
Tenho o ofício de polir
O sol todos os dias
Brunir as armas brancas
Do amanhecer da natureza
Espadeiro das donzelas
Desamparadas que querem
Transformar-se em mulheres
Amadas passo as noites a
Açacalar a lua cheia não
Faço nada encolhido não
Faço nada abaixado ou
Semelhante a um caçapo
Não faço nada acaçapado
De medo faço tudo às
Claras não tenho receio de
Amar de viver em paz de
Ser feliz não sou o acaçapador
Nem o que acaçapa os outros
Todo mundo tem o direito de ser
Todo mundo não serei o que
Viverei aqui para me acachar me
Ocultar de vergonha me esconder
De timidez não serei o que virei
Aqui para me acachoar até virar
Cachão chorar ao borbulhar
Marulhar espumar de pranto
Marulhar a água azul do mar
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