Não ainda não estou livre não
Bebi o vinho da liberdade não
Embriaguei-me com o néctar do
Livre não ainda não sou liberto
Ainda sou escravo cativo preso
Às mídias preso aos podres poderes
As asas da liberdade não se abriram
Sobre mim continuo condenado
Penitenciário presidiário interno
Não saí do casulo não saí do útero
A placenta não se arrebentou
O cordão umbilical algemou-me
Não inda não sinto-me em liberdade
Quero a liberdade a liberdade
Foge de mim a liberdade caiu
Nos braços da elite a liberdade
Abraçou a burguesia sou renegado
Só números sou só algarismos
Senhas simulacros sou bastardo só
Cartões cédulas notas notificações
Estou acorrentado aos padrões aos
Tabus aos dogmas às tradições
Continuo confinado na senzala
A comer sobras a comer restos da
Casa grande continuo atado ao
Pelourinho a ser açoitado a ser
Relhado pelo feitor a ser caçado
Pelo capitão-do-mato como a um
Bandido com o conservadorismo
Aquela democracia sonhada virou
Utopia ou só a possuem a aristocracia
Ou a plutocracia que bancam a
Segurança a garantia a confiança
Duma liberdade feita sob medida onde
Não me cabe me exclui de todo jeito
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