O que fazes aí rapaz? procuro
A estrela que caiu do céu o
Exoplaneta no qual nasci o
Que fazes aí, rapaz? fisgo
Quasares com meu anzol
Amarrado na ponta da linha
Do horizonte como bom
Pescador quero fisgar um
Bem maior do que o sol
Que fazes aí rapaz? não sou
Mais rapaz rapaz fui quando me
Chamaste na outra eternidade
Nesta geração estou a um passo da
Posteridade mas não envelheceste
Estás aí há tanto tempo que me
Pareceu que foi ontem que nasceste
Espírito não envelhece estou sempre
Em espírito em entidade em ente
Em fantasma nunca em carne osso
De gente nunca em osso carne animal
Nunca em sangue oxigênio nunca
Suor a soar do jeito que estás
Aí nessa mesma posição nada
Dói em ti? as dores que sinto são
As dores que minto o choro que finjo
Consigo enganar muito bem
Quem pensa que só sabe chorar
Continuarei a chamar-te rapaz
Batizar-te-ei assim sem nome
Em latim sem nome grego ou outro
Ruim do que me chamares atenderei
Todos os meus nomes dos universos
São todos os meus nomes dos universos
Terás o infinito inteiro para
Decorá-los com os quais me decoro
Não perguntarei mais o que fazes
Aí se já percebi que és feito de todos
Os feitos de todos os olhos precisarei
Para enxergar todos os teus feitos
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