Há muito tempo não tenho mais nada para dizer
Para que dizer se as flores dizem tudo? há
Muito não tenho mais nada para pensar para
Que pensar se olho o firmamento o
Firmamento pensa tudo é tudo que pensa?
Há muito tempo não tenho mais nada para
Imaginar para que imaginar se quando
Sondo o universo o universo é tudo que
Imagino? por isso calo-me diante duma flor
Passo por morto de barriga para cima
Estendido numa relva a olhar o firmamento
Sinto-me fora do corpo ao sondar o universo
Há muito tempo não tenho tempo para nada
Nem para Deus só para as minhas poesias
Meus poemas as minhas odes sensacionais
É com sensação que digo isso pois não há
Sensação maior do que fingir de morto
Enquanto vive no infinito é prazeroso
Demais fingir de morto enquanto converso
Em colóquio com as constelações as
Galáxias citam para mim o que tenho que
Ditar aos espíritos os espíritos prestam
Atenção quando falo pensam que estou
Morto que falo para espíritos em espírito
Há muito tempo não tenho nada para dizer
Aos vivos depois que descobri o mundo dos
Fantasmas não quero falar com outra coisa
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