Ontem peguei um porre
Bebi mais que um gambá
Fiquei por dever duas cervejas no bar
E ainda quis brigar
Mas não tomo vergonha na cara
Tomo tudo
Menos isso
E todo dia tenho que beber
Já virou rotina em minha vida
E fico bêbado então
E ai começa o show
Começo a esculhambar geral
E a agredir uns
E a desrespeitar outras
E viro um bicho
E viro um perigo
E brigo
E bato
E apanho
E quebro os copos
E quebro as garrafas
E quebro a cara
E fico a dever a todo mundo
Desculpas e fundos
E o dono do bar
Já até me proibiu
De entrar no seu botequim
Pois quando entro tem confusão
Tem palavrão e tem empurrão
E acabo na rua a xingar a mãe dum
E a provocar outro
Ontem peguei um porre de novo
E que me arruinou
Falei coisas que não deveria
Perdi dinheiro e amizade de muita gente
Sou mesmo um pobre de espírito
Quando bebo para ficar alegre
Acabo com a minha alegria
Faço a tristeza dos outros
E assim não desejo
Tentar me alegrar
Pois os meus porres
Só servem para me matar.
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