abobalhado de boca torta aberta
com essa caneta na mão que mais
parece uma varinha de condão?
oh voz que clama no deserto que
virou o país oh voz rouca das ruas
enfumaçadas do brasil quero aqui
nesta folha de papel uma obra-prima
que caia do céu quero uma chuva
que mate o fogo que não mate o
povo que volte a fazer o país florir
que volte a fazer o brasil sorrir
olhemos através dos nossos olhos
vítreos a fauna exterminada a flora
dizimada o meio ambiente poluído
os mananciais contaminados oh
voz da musa divinal oh voz da
poesia celestial oh voz do poema
espiritual atendei a esse decrépito
septuagenário poeta decadente
sem dente sem mente demente
só doente a implorar que a gente
pare de destruir o meio ambiente
neste poema cheio de dilema
amanhã será tarde demais não
teremos água amanhecerá deserto
não teremos ar não teremos mar
o que será de nós? oh voz feroz
ferina fina aquilina de morte azar
nos traga a sorte de sul a norte de
leste a oeste cabra da peste oh xente
tomara que o povo aguente esse
torrão quente esse tição na mão
povo do sertão indígena das florestas
oh vozes atendei a essa prece depressa
BH, 050902024; Publicado: BH, 03101002024.
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