finge ser mau a fazer o mal todo mundo o
aplaude se finge ser bom a fazer o bem todo
mundo o ignora é que ninguém gosta de alguém
que é bom a fazer o bem não convém o coloca
sob tacão ferrão arpão aguilhão agulhão o deixa
na mão no chão sem recepção só na decepção
porém quer uma conotação ou uma cognição a
chamar a atenção entra numa academia infla
ego músculos múltiplos projetos sai abjeto
pernas afastadas braços abertos o espaço na
calçada é pouco se pensa o grande num mundo
pequeno de pequenos todos gostam o admiram
o elogiam mete inveja mete medo mete o dedo
impôe respeito ninguém ver defeito normal
comportamento perfeito violento agride o vento
a brisa o sereno o orvalho a garoa vem a real
tempestade o temporal se demonstra um
covarde se esconde foge fica de longe com
medo do bonde se ver de repente que não é o
semideus que se fazia de gente é só mais um
mortal comum igualmente anônimo entre os
anônimos invisível entre os invisíveis indiferente
entre os indiferentes solitário na multidão de
solitários ruge tigre raivoso para o abismo
porém o que ouve é o ecoar de miado chiado
BH, 02701002025; Publicado: BH, 02701002025
Nenhum comentário:
Postar um comentário