No banco verde do parque, onde eu lia distraidamente o
Almanaque Bertrand, aquela sentença pegou-me de surpresa:
"Colhe o momento que passa."
Colhi-o, atarantado.
Era um não sei que, um flapt, um inquietante anilmazinho, todo
Asas e todo patas: ardia como uma brasa, trepidava como um
Motor, dava uma angustiosa sensação de véspera de desabamento.
Não pude mais.
Arremessei-o contra as pedras, onde foi logo esmigalhado pelo
Vertiginoso velocípede de um meninozinho vestido a marinheira.
"Quem monta num tigre (dizia, à página seguinte, um provérbio chinês)
Quem monta num tigre não pode apear."
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