Não tenho nada para fazer como sempre
Tento colocar alguma coisa nesta folha de
Papel pautado mas meus instintos não
Respondem meus intestinos travaram
Meus estímulos não estão estimulados
Minha intuição está sem sentidos lá no
Fundo da memória busco rebusco
Encontro a pedra onde há o tal sapo
Debaixo dela com o meu nome escrito
Num papel costurado dentro da boca dele
Tenho a maior pena desse sapo como
Que uma pessoa pode fazer uma
Barbaridade dessa? costurar a boca dum
Animal deixá-lo preso debaixo duma
Pedra? é muita maldade que culpa tem
O pobrezinho do sapo? quem quer
Acabar comigo teve tem ou terá várias
Maneiras sem precisar de recorrer a
Absurdos como esse não acredito em
Despacho macumba quibanda de
Umbanda não acredito em nada disso
Aí dia de domingo é assim parado
Se morasse no Rio de Janeiro estaria na
Praia a tomar tulipas de chopp da
Brahma bem geladas como nos velhos
Tempos antes de morrer quero voltar
Lá andar nos calçadões ver a beleza
Infinita das morenas cariocas matar a
Saudade da bela cidade maravilhosa
Do Rio de Janeiro cara é um saco
Ficar aqui parece um cemitério não
Ouve-se uma música um samba sequer
De vez em quando um latido um ruído
De automóvel nada nem uma canção
Puro marasmo só as saudades das
Ondas a quebrarem nas pedras
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