terça-feira, 26 de março de 2019

Manuel Bandeira, A Camões; BH, 050202011.

Quando n'alma peser de tua raça
A névoa da apagada e vil tristeza,
Busque ela sempre a glória que não passa,
Em teu poema de heroísmo e de beleza.

Gênio purificado na desgraça,
Tu resumiste em ti toda a grandeza:
Poeta e soldado...Em ti brilhou sem jaça
O amor da grande pátria portuguesa.

E enquanto o fero canto ecoar na mente
Da estirpe que em perigos sublimados
Plantou a cruz em cada continente,

Não morrerá sem poetas e nem soldados
A língua em que cantaste rudimente


As armas e os barões assinalados.

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