Sinto as horas passar e o tempo encurtar
E fui pelo vento e caí em perigo e só me
Resta lamentar meus sofrimentos pelos
Caminhos e choro pelas pedras perdidas
E pelas nuvens solitárias e as raízes à
Mostra que ficam ressequidas pela
Inclemência do sol e corro com a minha
Gota d'água na mão atrás do fogo a subir
A chapada com a velocidade da luz e a
Terra esturrida me machuca os pés
Estorvados e a cinza ainda quente dilacera
As solas quando piso o chão enfumecido
E tropeço nos seres da natureza que agora
São torrões de carvões aquecidos e brasas
Ainda fumegantes ou tições em fumo e
Fumacentos e nada mais posso fazer e
Lacrimejo lágrimas secas dos meus olhos
Desérticos e a minh'alma árida busca
Refúgio e refrigeração em meu espírito
Tormentado no espinhaço e não encontramos
Justificativas para os que atiçam chamas
Contra a natureza numa violência nunca
Vista e se não nos amamos e nem nos
Respeitamos uns aos outros e como teremos
Amor e respeito pelo nosso sistema ambiental
E a nossa biodiversidade dos quais tanto nos
Dependemos para a nossa própria existência? e
Será que seremos tanto irracionais para sempre?
BH, 0201202019; Publicado: BH, 0260402022.
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