chorei sozinho a minha mágoa
no silencio da madrugada
e não sei aonde anda a minha amada
no silêncio da madrugada
e só a sós exponho
as minhas vergonhas históricas
nestas lamentações de lamúrias indecorosas
e que apavoram com minhas imprecações
as musas que nos recônditos pulsam
os corações sem esperança de quem tem fé
e nunca a alcança
e o desespero da agonia
e a ansiedade da angústia atormentam
com sussurros de suspiros as lágrimas
contidas que não puderam fugir das masmorras
dos calabouços que levam acorrentados
aos grilhões
aos cadafalsos
e com os portais intransponíveis sob vigilância
dos guardiões que afastam querubins
e serafins
ou todo aquele que ousa estender
as suplicações
ou as orações
ou as preces dessas almas que sofrem por falta
de liberdade
e são castigadas por suas audácias
BH, 01101002021; Publicado: BH, 090802022.
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