Como é que pode
Não tem explicação
Ficar tanto tempo assim
Sem sentir sensação não
Sentir a falta da emoção
Não ficar desesperado
Perturbado em pânico
Como um homem normal
Ficaria em meu lugar
Não é possível mesmo
Tem que haver uma solução
Cheguei ao fim do dilema
Cheguei sempre sozinho
À palma da minha mão
No fundo do calabouço
Amarrado às masmorras
Da minha mente insana
Preso aos grilhões das
Barreiras intransponíveis de
Correntes inexpugnáveis
De ondas ressonantes
Do eco de minha cabeça
Refletido no espelho de
Minha cisterna de
Espermatozoides lancei
O balde com a corda
Rodei a manivela da
Cacimba acionei a
Bomba manual liguei
A bomba elétrica
Nem uma gota sequer
Secou sem eu saber
Agora o que me resta é
Passar a vida enfadado
Sem sentir prazer de viver
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