quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

capitalismo nada mais é ou justamente é

capitalismo nada mais é ou justamente é
tudo que entra pelos nossos olhos ou
que adentra à nossa casa a nos causar
mal ou a nos fazer de mau miséria
pobreza violência racismo fascismo
nazismo armamentismo belicismo
religiões financistas desequilíbrios
sociais fim dos direitos humanos ou
sociais trabalhistas com o trabalho
escravo ou intermitente precarizado
salário mínimo defasado aluguel caro
luz gás água combustíveis os olhos
da cara tudo pela hora da morte com
o povo a pedir estado mínimo bandeiras
da extrema-direita privatizações
predatórias exportações com detrimento
ao capital nacional impostos sonegados
bilionários que pagam menos impostos
do que o povo miserável agronegócio
que destrói completamente ao meio
ambiente dizima a natureza extermina
nações indígenas ou os povos
quilombolas os restantes dos povos
naturais ou tradicionais capitalismo é
tudo que não presta ou algo mais é o 
que não fala nem no socialismo
equiparado ao de jesus cristo que foi
banido pelos pastores que só falam no
deus draconiano que mete medo não
fala no cristo que enfrentou a burguesia
bateu na elite abençoou o povo pobre
condenou o povo rico com seu capitalismo

BH, 0200802024; Publicado: BH, 01101202024.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

aqui a decifrar o que o universo tenta me ditar

aqui a decifrar o que o universo tenta me ditar
ao conferir sentido aos saberes escolares
escolásticos nada simples pois sabedoria não
se cria da noite para o dia religião é uma mão
de pilão apesar da luta contra a exclusão dos
saberes educacionais que acarreta o fracasso
acorrenta a educação que gera no futuro seres
humanos muitas vezes marginalizados que
não querem ouvir igual tento ouvir desde que
nasci o que o universo tenta me dizer mesmo
sem entender nada sem interpretar nada
invento finjo que entendo tudo interpreto tudo
que sou um gênio um saci-pererê um diabo
numa garrafa um anjo torto que caiu do céu
um gnomo ou ogro ou uma assombração ou
uma entidade ou um fantasma que não
conseguiu voltar ao limbo porém tenta evoluir
nessa escala universal a aprender as linguagens
angelicais ensinamentos celestiais palavras
divinais que fogem à velocidade da luz a nos
deixar pendidos no firmamento a pensar que
somos estrelas ou todos os outros astros
cósmicos quando não somos nem nós mesmos
sim o que os outros querem que sejamos por
estarmos aprisionados sem sabermos como
fugir dessas cadeias de ruminações infernais

BH, 0250902024; Publicado: BH, 0601202024.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

o sol já nasceu acordei de vez

o sol já nasceu acordei de vez
pois o sol já nasceu não posso
continuar a dormir infinitamente
como um cadáver indiferente
diante desse universo florescente
retumbante de luz celestial divinal
universal angelical alguém acorda
aí quem estiver a dormir vamos
sair do aquém viajar aceleradamente
para o além não teremos mais tempo
para viver aqui se ainda dormimos
demasiadamente mortos densamente
desacordados por alguns fenômenos
desconhecidos quem conhece alguma
verdade diz agora ou cale-se para
sempre verdade que anda em muitas
bocas vira mentira verdade tem que
ser dita uma vez só gravada em fogo
em aço inoxidável diamante lapidado
pedra preciosa rara fundida na
primeira explosão que deu início à
caminhada do universo pelo infinito
essa pedra ainda vem por aí imantada
energizada magnetizada a nos trazer
códigos secretos conjecturas
misteriosas reminiscências ocultas
reverberações enigmáticas pois o
átomo que forma essa pedra nunca
poderá ser partido numa pedrada
atômica nuclear numa fusão
exterminadora essa pedra é a molécula?
essa pedra é a partícula da luz de deus?

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

agora que já rompeu a aurora

agora que já rompeu a aurora
percebi em cima da hora que
o que se passava comigo era
sonho delírio utopia onirismo
que na verdade não vivia a
realidade só a virtual só a
artificial a superficial pois
fiz da vida um pesadelo
depois dormi além do tempo 
que me deixou para atrás
soprou o vento que me
açoitou com chibatas que
descapelavam escravos
agora escravo escrevo
escondido solitário na
solidão da solitária do meu
quarto escuro o que todo
ser que sofre de depressão
aí sabe fazer muito bem no
aquém no aqui ou no além
não importa também  pois
mesmo mandado por minha
mãe confesso que nunca fui
bom nem nunca fiz o bem
sem olhar a quem igual à
minha mãe gostava de dizer
sem parar dizia todo dia
como se fosse uma poesia 
sem dilema como se fosse
um poema que a gente tinha
que decorar salmo ou oração
pois uma coisa que a minha
mãe almejava mesmo
inconscientemente ou não
não sei se conscientemente
era a perfeição do jeito dela
minha mãe queria atingir a 
meta da perfeição em hinos
em coros em corinhos em
suma em surras em tacas em
pimentas esfregadas na cara
engolidas entre soluços choros
suspiros espirros outros esbirros

BH, 0100902024; Publicado: BH, 0301202024.