Às vezes quero pensar
E aí vejo o quanto o
Pensar é limitado e obtuso;
Às vezes quero raciocinar
E é aí que vejo o quanto o
Raciocinar é bloqueado e
Opaco; é impossível existir
Alguém igual assim; totalmente
Escuro e sem luz e a viver nas
Trevas noite e dia; a viver nas
Prisões, nos calabouços e nas
Celas; a viver nas grades e nos
Labirintos, nas masmorras frias
E gélidas das mais esquecidas
E longínquas fortalezas; às
Vezes quero ser feliz, e um
Medo sombrio se apodera de
Mim e me faz voltar à origem
Do meu ser, onde acabo por
Ver que a muralha da China,
Está construída dentro de mim;
O abismo dum lado, a muralha
Doutro, o infinito em cima e
Eu embaixo, a me debater, a me
Agarrar a um fio de esperança, e o
Fio a se partir, e eu a continuar ali.
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