sexta-feira, 17 de junho de 2011

No anteparo da janela; BH, 0260601999: Publicado: BH, 0170602011.

No anteparo da janela
Representei meu pranto
Que corria solto feito
Azeite na roda no lagar
Que esmaga a azeitona
Minha adufa estava cheia
De lágrimas de choros
Que só com o som dos
Adufes dos pandeiros
Quadrados que só com
Danças de cânticos o
Acalanto me encontraria
De novo alegre a sorrir
Pois me encontro
Aprisionado preso dentro
Dum adufo dum retângulo
De barro seco sem saída
Sem porta sem janela a
Adulação dos amigos da
Mulher amada aduladora
Não vão fazer efeito hoje
Com o meu defeito nada
De me adular ou me
Elogiar com a finalidade
Com o interesse de me
Tirar do caos nada de me
Bajular de me ser
Adulatório minha dor é
Grande minha angústia é
Maior minha ansiedade é
Crônica tudo me comprime
Tudo me afoga achata-me
Debaixo de solas de sapatos de
Carpetes sórdidos de tapetes sujos

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