Atentado tentei contra a minha existência
Fiz tudo que não deveria fazer
Enchi-me de gordura sal
De açúcares de massas;
Sou um atentado
Bebi de tudo que não poderia beber
Perdi meu fígado
Pâncreas rins
Meu estômago virou um abismo
Dilacerado infinito
Nem as paralelas estão lá
Meus dentes careados
Mordem qualquer coisa
Ou às vezes nem mordem
Só vou a engolir
Do jeito que chega à boca
Sou um digno de pena
O bombeiro falou comigo
O capitão o guarda
A assistente social
O pastor da igreja
Pedi ao padre
Preza por minh'alma
Acenda uma vela
Reza um Credo
Um Padre Nosso
Canta um cântico
Uma cantiga antiga
Vou atentar contra a minha existência,
Numa tentação
Vou dormir um sono
Sonhar um sonho
Não acordar mais
Nenhum comentário:
Postar um comentário