segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Alameda das Princesas, 756, 106; BH, 0201002012; Publicado: BH, 0190102015.

Canto os ventos nos meus cantos nos quatro
Cantos do mundo canto as nuvens canto
Os céus do infinito do universo canto
Os meus cantos em versos quem não sabe
Cantar na certa não sabe dançar canto
Danço como os ventos nos pátios do
Firmamento minha vida é cantar antes que a
Morte venha me velar canto os fundos dos
Oceanos canto os fundos dos mares nasci
Para cantar no ovário no útero na placenta
A nadar canto em qualquer estado da matéria
Nos elementos que me fazem vibrar canto
Nos organismos nas entranhas nos tutanos
Canto na medula no sangue que faz vida nos
Compartimentos do coração canto tudo que
Alegra-me que entristece-me desde quando
O dia nasce até quando entardece canto a
Noite a madrugada a luz as trevas a
Penumbra as sombras os vultos as
Silhuetas as crianças a fazerem caretas sou
Cantor do eterno da posteridade da
Eternidade sou cantor da imortalidade que as
Coisas precisam ter canto as chuvas as águas
As estiagens nem das areias dos desertos
Posso esquecer canto os dunas as
Montanhas tudo o mais que posso ver
Canto as almas os espíritos os deuses os
Santos os fantasmas as assombrações
Canto o que não posso cantar as forças das
Imensidões canto o abismo as falésias as
Pradarias os outeiros as veredas das
Encostas canto os imensos paredões

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