quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Alameda das Princesas, 756, 94; BH, 0280902012; Publicado: BH, 070102015.

O papel de quem tem uma pena na mão
É passar para as linhas do papel as
Linhas que tem dentro de si as linhas
Que temos do nosso lado de fora já
Foram exploradas são conhecidas
Calculadas nominadas as linhas que
Precisam ser desvendadas são as que
Estão debaixo da nossa pele as linhas
Das nossas estrias internas as que se
Escondem dentro dos nossos vasos
Sanguíneos no interno dos nossos
Ossos cada um tem dentro de si um
Tesouro de sinais de letras palavras de
Fórmulas formas de signos símbolos
De conjecturas indagações cada um
Tem um baú uma arca um sótão um
Porão uma gruta uma caverna uma
Loca um abismo uma elevação com
Pérolas joias ouro prata diamante
Incontáveis riquezas desconhecidas são
Metais nobres raros são aços de
Composições especiais são minerais
Essenciais que tornam um simples papel
Branco vazio oco em obra-prima são
Minas de veios inesgotáveis são nascentes
De rios d'águas doces potáveis são
Pingadeiras tão constantes que formam
Cataratas transbordam os mares os
Oceanos oceanos de pedras preciosas
Este papel o desempenho a rigor com toda
A minha nobreza de ator de linha de escola
Clássica de liceu erudito de academia de
Protagonistas personagens que não são
Coadjuvantes meu avô pegava folhas de
Papel as transformava em caretas diachos
Multicores coloridas carrancas como não sei
Fazer o mesmo traço letras palavras a ermo

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